É interessante reparar como o mundo mudou. Antigamente a gestão era totalmente voltada à hierarquia, ao poder, e havia praticamente uma submissão entre o empregador e o colaborador. Já hoje as empresas estão cada vez mais trabalhando com células e se horizontalizando de uma forma antes nunca pensada.
Atualmente não é incomum nos depararmos com diretores, gerentes e até mesmo alguns presidentes de empresas com anos de carreira sentados em baias ao lado de estagiários, analistas e pessoas que estão começando sua carreira agora.
Acredito que isso não seja somente uma forma de inclusão e de mostrar que todos estão no “mesmo barco”, mas, sim, uma necessidade da geração atual de se sentir importante, de se sentir parte do negócio e de que ele realmente não é só mais um número.
Pensando nisso, cada vez se faz mais importante a visão do gestor de pessoas. Parece coisa simples, mas estamos presenciando uma quebra de paradigma. É preciso pensar primeiramente nas pessoas, atingindo o objetivo de manter sua equipe motivada, engajada com a causa da empresa. Precisamos de pessoas felizes por trabalhar em nossas empresas.
E isso faz diferença. Uma pesquisa do Gallup revelou que ter funcionários descontentes trabalhando em sua empresa custam até U$S 350 bilhões por ano à economia americana em perda de produtividade – e vale ressaltar que em muitos casos a última coisa que a felicidade do colaborador está ligada é ao salário. Muitas vezes vemos a questão de relacionamento, transparência nas ações da empresa, problemas com a gestão, programas de desenvolvimento e clima como motivos de desligamento muito mais comuns nas empresas atualmente.
Nesse ponto nem precisamos falar que trabalhadores felizes produzem mais, com mais qualidade e realmente “vestem a camisa”. Eles replicando a todos uma boa imagem de sua empresa no mercado, tem também maiores chances de ficarem cada vez mais tempo na companhia. Em suma, temos que ter em mente a famosa frase que diz “Nossos melhores recursos são os humanos”.
Mas como fazer isso na prática? Uma boa alternativa pode ser o investimento em tecnologia de gestão, que gera informações confiáveis. Se você tiver informações que mostrem os principais indicadores de sua equipe, você com certeza terá muito mais subsídio para suportar a tomada de decisão.
Uma das soluções que vem dando bastante resultado nesse quesito é a implantação de um sistema de gestão de pessoas que controle todos ou a maioria dos subsistemas dos recursos humanos, proporcionando um ganho operacional bastante significativo, porque provê informações em tempo real dos processos.
Atualmente temos grandes empresas com bastante representatividade nesse setor e, uma que vem liderando as pesquisas é a SuccessFactors, uma empresa americana, recém-comprada pela SAP, e que veio para agregar muito à gigante alemã quando o assunto é gestão de pessoas.
A ideia por trás da SuccessFactors vem baseada em prover informações de forma rápida e confiável, além de tentar amenizar um dos grandes problemas do RH que é a comunicação entre suas subáreas. É realmente garantir que a meritocracia seja realizada garantindo que o resultado de uma avaliação de desempenho, por exemplo, possa ser utilizada para realizar um planejamento sucessório de maior qualidade. É fornecer dados históricos dos últimos anos para embasar a criação de um plano de desenvolvimento individual para o colaborador, visando um plano de carreira que atenda os objetivos da pessoa e da empresa.
Esses e outros tantos são grandes objetivos que toda área de recursos humanos persegue e é justamente nesses pontos que um sistema de gestão de pessoas vem para agregar. Garantindo uma padronização e o acompanhamento dos processos em toda a empresa, trazendo práticas de mercado em forma de modelos a serem implementados e garantindo o alinhamento dos objetivos estratégicos da empresa em todos os níveis da organização, certamente os resultados aparecerão.
Por Roberto Medeiros
Fonte: www.abs.ual.pt