Setores conseguem reduzir diferença de salário entre homens e mulheres

23 de setembro de 2013

Pesquisa do Sebrae mostra que chance de igualdade de salário é maior em micro e pequenas empresas. Nas grandes, a diferença chega a 44%

Uma pesquisa mostra que a diferença entre os salários de homens e mulheres é menor nas pequenas empresas. De acordo com esse estudo, elas têm conseguido ampliar o espaço no mercado de trabalho, mas ganhar a mesma coisa que os homens ainda está difícil.

Foram anos de investimento na carreira bancária e de decepção para a empresária Christiane Bonan. “Sempre que surgia uma promoção, um cargo melhor, mesmo que você tivesse capacidade e potencial para ocupar aquele cargo, sempre era ocupado por homens”, conta ela. Com a falta de perspectiva, ela buscou um novo caminho.

Hoje, Christiane é dona de três lanchonetes e vai inaugurar a quarta loja: “Eu tenho capacidade de coordenar pessoas, de administrar um negócio. Eu vou segui em frente e vou chegar lá’. E cheguei, graças a Deus”.

As conquistas femininas no mercado de trabalho avançam, mas ainda há muito pelo o que lutar. Por espaço e principalmente por igualdade salarial. Uma pesquisa feita pelo Sebrae mostra que a chance de desempenhar mesma função que o homem, com igual salário, é maior nas micro e pequenas empresas.

Nelas, os homens ganham em média 24% a mais do que as mulheres, enquanto nas médias e grandes empresas a diferença chega a 44%.

“Eu acredito e sou otimista. As mulheres vieram para ficar e cada vez conquistarão um espaço maior. Começaram pelas pequenas e chegarão nas grandes”, diz o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Em uma pequena metalúrgica, os donos não fazem distinção por sexo na hora de pagar os funcionários. O que importa é a capacidade de cada um. “Eu acho que a pessoa que parte do princípio que a mulher tem que ganhar menos por ser do sexo feminino… eu acho que isso é uma coisa completamente antiquada, que não tem nada a ver uma coisa com outra”, diz o industrial Jorge Fernandes.

Ponto para a empresa e para Simone Tomaz, que em pouco mais de dois anos passou de auxiliar de produção para soldadora. O salário dobrou e é igualzinho ao dos colegas do sexo masculino.

“Por que desigualdade? Em hipótese nenhuma! É igualdade mesmo e conquista também adquirida por elas, né? Por nós. E por mim, poxa. Por mim, bastante mesmo”, defende Simone.

Fonte: G1 – Bom Dia Brasil