Designer vende joias com nome dos filhos dos clientes e empresário personaliza bonecos
foto: Divulgação
Joia pode ser feita de ouro ou prata
A criatividade das crianças não precisa ficar apenas no papel. Duas empresas brasileiras investem na materialização das criações infantis. A designer Lica Vincenzi criou uma linha chamada “A escrita do seu filho”, em que ela reproduz o nome escrito em pingentes de ouro ou prata.
Livia Vincenzi, que tem o apelido de Lica desde a infância, é formada em publicidade, mas resolveu mudar de área em 2010. “Trabalhava em agência, mas sempre fui apaixonada por joias, mas como consumidora. Até que chegou um dia que eu resolvi insistir no meu sonho”, conta Lica.
A ideia de criar a linha infantil e a linha da escrita original surgiu logo após a abertura da empresa. “Um dia eu estava na casa dos meus pais mexendo nas minhas coisas de criança e achei alguns álbuns antigos. Achei um livro cheio de colagens e tinha minha tentativa de escrever Livia, com letras tortinhas”, lembra a designer.
Como nem todas as mães guardam os recortes de criança, Livia teve a ideia de materializar a escrita em joias. O teste de execução envolveu uma amiga. “Ela tinha dois filhos e pedi os dois nomes. Quando eu entreguei as joias ela ficou emocionada”, conta.
Desde então, a designer vende entre 30 e 40 joias por mês. Em prata, o colar custa a partir de R$ 480. Em ouro, a partir de R$ 1.320. A designer atende com hora marcada em um ateliê na Chácara Santo Antônio, em São Paulo, e inaugura um espaço no ano que vem, nos Jardins.
Desenhos. Já o programador Bruno Abdelnur criou a Rabisquedo, em Sorocaba. A empresa fabrica bonecos personalizados a partir dos desenhos das crianças. “A ideia surgiu de uma necessidade pessoal, de como eu iria guardar os desenhos da minha sobrinha de cinco anos. Minha mãe tem uma amiga costureira e deu a ideia de fazer um boneco”, conta Bruno.
Depois da tartaruga para a sobrinha, Bruno, que fazia um trabalho voluntário, resolveu fazer os bonecos a partir de desenhos de mais 15 crianças. “Fui pesquisar na internet e vi que algumas pessoas lá fora faziam os bonecos, mas muito como hobby”, diz. Com o plano de abrir o negócio no Brasil, Bruno planejou e testou o negócio durante três meses até o site entrar no ar, em março do ano passado.
Desde o início da Rabisquedo, a empresa já fabricou mais de 400 bonecos e espera fechar o ano com um faturamento de R$ 300 mil. Para o ano que vem, a expectativa é dobrar ou até triplicar esse número.
Além da personalização de bonecos, que custam R$ 130, a Rabisquedo também vende bonecos para a criança colorir, realiza eventos e prepara o lançamento do aplicativo caderno de desenho virtual para Android, no dia 14 de outubro. A criança poderá desenhar no tablet ou tirar uma foto do desenho e armazenar todos os arquivos dentro do aplicativo. Ainda será possível compartilhar os desenhos ou fazer o pedido do boneco para a Rabisquedo.
Fonte: Estadão – PME