Produto não contém açúcar, glúten, lactose ou gordura trans. Empresa paulista produz 40 mil unidades de chocolates
O alimento funcional é aquele que fornece energia para o corpo e contribui para a manutenção da saúde. E o chocolate funcional, a novidade no mercado, chega com uma empresa paulista.
O produto é indicado para quem tem diabetes, alergias ou faz dieta. Menos calórico que os tradicionais, é considerado um alimento saudável.
O chocolate funcional não contém açúcar, glúten, lactose ou gordura trans. É um alimento feito basicamente com três matérias-primas: cacau, fibra e poliol.
“Poliol é um açúcar-álcool. Ele é um ingrediente que o diabético pode consumir com segurança que não vai alterar o índice glicêmico do diabético, então é com esses produtos que nós adoçamos e encorpamos o nosso chocolate no lugar do açúcar”, explica a empresária Virgínia Dias, criadora do chocolate.
A empresária levou um ano para desenvolver o produto. A empresária atua num mercado com poucas opções em alimentos no conceito funcional.
Virgínia é só sorrisos. Ela encontrou uma brecha de mercado, apostou nela, e se deu muito bem. Os chocolates funcionais são produtos indicados para quem tem diabetes, alergias, ou simplesmente quer um alimento saudável e com menos calorias.
“Meu objetivo final era ter produtos de chocolate, que chocolate é uma paixão nacional, mas que as pessoas pudessem consumir sem culpa”, diz.
Para fazer o chocolate, os ingredientes são batidos durante seis horas sem parar. A mistura é despejada em formas que vibram numa esteira para a massa assentar bem. O chocolate é resfriado em outro equipamento, embalado, e está pronto.
O negócio começou em 2006, com investimento de R$ 50 mil para comprar matéria-prima e fazer testes.
“Conversei com nutricionistas e esses profissionais me indicaram sempre que um paciente sentava na cadeira deles para fazer uma reeducação alimentar ou uma dieta de redução de peso, o único produto que eles não queriam deixar de consumir era chocolate, e os nutricionistas em contrapartida não tinham um produto saudável para poder prescrever”, relata Virgínia.
A empresa faz três tipos: 50% de cacau, 70% de cacau e ainda a versão com leite sem açúcar. Uma barra de 25 gramas tem 98 calorias.
A empresária também fabrica achocolatados e shakes para dietas. E uma novidade que tem tudo para conquistar as mulheres: um chocolate que ajuda na beleza da pele, vendido em creme, pó e barra.
“É uma barrinha com colágeno, vitamina C, que ajudam da firmeza e beleza da pele”, argumenta a empresária.
Virgínia economizou porque terceiriza tudo na fábrica do empresário Márcio Magnusson. Ele é especializado em atender pequenos empresários, sem dinheiro para investir em equipamentos de produção que podem custar mais de R$ 500 mil.
“Identificamos no mercado a necessidade de algumas empresas de pequenos lotes de produção, em torno de 300, 400, 500 kg. E fizemos alguns investimentos, algumas adaptações em nossa linha, para atender justamente essa pequena demanda”, relata Magnusson.
Com o chocolate funcional, Vírgina Dias cresce num mercado que ainda engatinha no Brasil, e tem bom potencial. Hoje, os alimentos funcionais representam cerca de 1% do faturamento da indústria de alimentação, mas as vendas aumentam quase 20% ao ano. A empresária produz 40 mil unidades de chocolates e fatura R$ 100 mil por mês.
“Cada dia que passa cresce mais o número de pessoas que estão buscando saúde, estão buscando bem-estar. Então como a nossa fatia ainda é muito pequena comparada ao número de alimentação saudável, que vem crescendo, a nossa expectativa é crescer cada vez mais e atingir um mercado muito amplo”, diz Virgínia.
Os chocolates funcionais são vendidos em farmácias e lojas de produtos naturais. Uma barra de 25 gramas custa, em média R$ 4,80; o achocolatado sai por R$ 27; e o shake, para dietas, é vendido por R$ 82. Segundo Andréa Rossi, dona de uma das lojas que oferecem o produto, os clientes são das classes A e B, e aceitam pagar mais por um produto de qualidade.
“O pessoal acaba levando porque vai ter uma qualidade de vida melhor”, diz Andréa.
A loja vende 100 barras de chocolate por mês. A cliente Letícia Santos veio comprar uma. “Ele não contém leite, tem fibras, e me ajuda na dieta. É uma delícia, eu gosto bastante”, diz.
Fonte: G1 – PME