Escrito por Reinaldo Pamponet Filho, especialista em inovação
Um professor de arte, de uma grande universidade americana, foi indagado pelo filho de cinco anos de idade:
– Pai, o que você faz quando vai trabalhar?
– Eu ensino as pessoas a desenharem filho.
– Ué? Elas esqueceram como se desenha?
Esse é um tema recorrente quando penso no desafio que envolve nossa sociedade hoje. Criar o nosso futuro. Nós esquecemos como se faz, ou esquecemos de fazer aquilo que nos ajuda a entender o funcionamento do mundo. Rever e propor novas formas e possibilidades. Desenhar é tentar e testar, desenhar é o ato de criar.
A medida que amadurecemos, vão nos tirando a possibilidade de criar, como se isso não fosse mais relevante. E, assim, vamos quase acreditando que “ser criativo não é para mim”. Mas no meu dia a dia, na minha prática e rotina com tantas pessoas que gosto de conhecer e conviver, posso afirmar: todo mundo é criativo.
Estamos em um ambiente equivocado, em que nos tiram a chance e o sentido de nos sentirmos criativos, jogando o criar como uma palavra distante do nosso dia a dia, quase como um terreno muito arriscado que não vale a pena entrar. Ou um pouco ingênuo para outros…
Então, diante de um momento importante de redesenharmos instituições, modelos de negócios, o fluxo da cidades e acima de tudo, empreender esse tal de futuro – que é agora! Tenho sempre procurado estimular o máximo possível de pessoas se reconecte com a seu potencial criativo.
Espero que em cada canto desse nosso mundão, cada empreendedor sinta essa confiança interna de ser capaz de criar algo que faça sentido para sua vida, e que o mercado e a sociedade estejam aptos a sustentar a evolução dessas novas criações que precisam surgir a cada instante.
Acho também que é mais fácil do que pensamos. Entenderam ou querem que eu desenhe? Boa jornada a todos!
Fonte: Exame.com – Por Reinaldo Pamponet Filho, empreendedor criativo e sócio-fundador da itsNOON.