O Estado de São Paulo vem perdendo fôlego na abertura de empresas no país. O ritmo de crescimento de novos negócios é menor (9,74%) do que a média nacional anual (10,45%) na comparação entre 2011 e 2013, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
Apesar de São Paulo ter queda na quantidade de empresas em atividade, ainda mantém a maior participação no total do país — responde por 29,30% dos empreendimentos.
Os dados fazem parte de estatísticas coletadas pelo IBPT para o site “Empresômetro”, onde é possível consultar informações por Estado em um ranking com os 200 municípios mais empreendedores de cada unidade da federação.
No site, é possível ver on-line a informação atualizada para o total de empresas abertas no Brasil. Segundo o instituto, uma empresa é aberta a cada cinco minutos no país.
O país tem no total 16,27 milhões de empresas (número contabilizado até o dia 3 de novembro). São Paulo tem 4,75 milhões de empresas.
“As estatísticas de criação de negócios no país, do Empresômetro, representam um termômetro da economia”, diz Gilberto Luiz do Amaral, coordenador de estudos do IBPT.
Entre os Estados com crescimento mais expressivo ao ano estão: Pará (12,56%); Espírito Santo, (11,93%) e Rio de Janeiro (11,7%).
Por participação, o segundo Estado (atrás de SP) é Minas Gerais, com 10,15% dos empreendimentos. O terceiro é o Rio de Janeiro, com 8,36% do total das empresas ativas no país.
“A possibilidade de analisar os dados por Estado permite ao empresário verificar a atividade empresarial da região e fazer o cruzamento de informações como PIB, recolhimento de tributos, arrecadação tributária, identificando as melhores oportunidades de negócios”,complementa
MIGRAÇÃO
Nos últimos três anos, há um crescimento das empresas de serviços e de agronegócios acima da média nacional no Estado de SP, segundo dados disponíveis do Empresômetro.
Por outro lado, cai o número de empresas paulistas nos setores da indústria e do comércio em relação à média nacional.
A queda está diretamente relacionada, segundo o IBPT, à concessão de incentivos fiscais por outros Estados para que as indústrias se desenvolvam em outras regiões do país — é a chamada guerra fiscal.
Está em discussão no conselho que reúne secretários da Fazenda de todos os Estados (Confaz) uma maneira de criar mecanismos para amenizar os impactos dessa disputa.
“Há uma forte migração de empresas do setor de serviços (tecnologia e telecomunicações) e uma diminuição dos empreendimento do setor da indústria”, diz Amaral.
IDADE
Do total de empresas ativas no país, 22,61% têm entre 10 e 19 anos. A idade média das empresas no Brasil é de 8,8 anos.
No Estado de São Paulo, no entanto, as empresas são mais longevas e têm em média, 9,1 anos de atividade.
Entre os empreendimentos com mais de cem anos de atividades localizadas no Estado de São Paulo, predominam os cartórios e empresas do setor industrial e do comércio.
Fonte: Folha de S. Paulo