Em setembro, aumento foi de 0 ,5% sobre agosto, segundo o IBGE
Embora o nível de confiança dos consumidores esteja em declínio, as taxas de juros reais em alta e a inadimplência em patamares preocupantes, as vendas no varejo brasileiro subiram 0,5% em setembro na comparação com agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada ontem pelo IBGE. O percentual veio abaixo do esperado o mercado previa alta de 0,8%, segundo mediana de 38 economistas consultados pela agência Bloomberg News, cujas projeções variavam de uma alta de 1,5% a uma queda de 0,1%. Ainda assim, é o sétimo resultado positivo consecutivo do indicador.
O desempenho do comércio vem intrigando especialistas, porque destoa de outros dados que indicam perda de ritmo da economia. Em agosto, as vendas já haviam subido 0,9% frente a julho.
Em relação a setembro do ano passado, o varejo registrou acréscimo de 4,1%. Os economistas consultados pela Bloomberg News projetavam um avanço maior, de 4,6%, com um intervalo entre 6,5% e 2,7%. No acumulado do ano, a alta foi de 3,9%, e em 12 meses, de 4,8%.
A receita nominal de vendas apresentou taxa de variação de 10,6% em comparação a setembro do ano passado.
As vendas cresceram em sete das dez atividades pesquisadas na comparação com agosto. O destaque foi para os artigos de uso pessoal e doméstico (2,4%); farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%). Foram observados resultados negativos em móveis e eletrodomésticos (-0,2%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,7%); e veículos, motos, partes e peças (-5,1%).
“O resultado ainda reforça a percepção de que o desempenho do consumo das famílias foi favorável no terceiro trimestre, refletindo a deflação, especialmente de alimentos. Notamos também a retomada das vendas em volume. O arrefecimento da inflação de alimentos e a melhora na confiança tiveram papel relevante para esse desempenho favorável” diz o economista-chefe do nas vendas Bradesco, Octavio de de janeiro a Barros, em nota.
Na análise com o mesmo mês do ano passado, oito segmentos apresentaram aumento de vendas: outros artigos de uso pessoal e doméstico(14,8%); móveis e eletrodomésticos (7,6%) e setembro em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e ano passado cosméticos (11,9%).
Quando são incluídas as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção o chamadovarejo ampliado houve queda de 0,7% na comparação com agosto, mas alta de 7,5% no confronto com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, houve alta de 3,6%, e de 4,9% em 12 meses, respectivamente. Já a receita nominal cresceu 8,7% e 9,2%.
Fonte: O Globo – Economia