Empresa coreana gasta mais que PIB da Islândia com anúncios, mas tem pouca resultado em retorno
A Samsung Electronics deverá gastar cerca de US$ 14 bilhões – mais que o PIB da Islândia – em anúncios e marketing este ano, mas nem sempre obtém valor com isso.
A despesa inclui publicidade da gigante tecnológica sul-coreana em TV e cinema, outdoors, e em eventos esportivos e de arte, da Opera House de Sydney ao Radio City Music Hall de Nova York. O Google gastou menos ao comprar a unidade de celulares da Motorola.
E a Samsung, que tem um valor de mercado de US$ 227 bilhões, não faz segredo de que continuará agressiva no marketing ao tentar manter sua marca tão desejada quanto a da Apple. Mas o dinheiro gasto nem sempre traz o resultado desejado.
No mês passado, a final do concurso de curta-metragens patrocinado pela Samsung na Opera House de Sydney recebeu críticas por ter colocado produtos espalhafatosos nos vídeos de bastidores.
Este ano, a publicidade de lançamento em Nova York do smartphone top de linha da Samsung, o Galaxy, foi considerada sexista, por mostrar mulheres conversando sobre joias e esmaltes enquanto homens debatiam sobre o novo celular.
“O marketing da Samsung é muito focado em projetar uma imagem que eles aspiram: ser inovador e à frente”, disse Oh Junk-suk, professor da Universidade Nacional de Seul. “Eles não estão conseguindo efetivamente preencher o espaço entre a aspiração deles e como os consumidores realmente respondem às campanhas.”
A endinheirada Samsung – que registrou lucro operacional de US$ 9,6 bilhões somente no terceiro trimestre – ainda está na batalha para ganhar consumidores.
Fonte: Estadão.com.br