Hoje tenho a honra de dizer que completo 1.727 dias (quase 4 anos e 9 meses) desde que comecei oficialmente a trabalhar auxiliando micro e pequenas empresas.
Nessas 41 mil e 448 horas de experiência, interagi com empresas de todo o Brasil, de áreas de atuação completamente diferentes. Desde prestadores de serviços tradicionais até por exemplo uma empresa que vende bonés espiões e outros equipamentos de espionagem (maneiríssima por sinal, veja mais aqui).
Nessas interações, o maior conclusão que cheguei é a de que não existe uma fórmula para o sucesso ou fracasso. Mesmo empresas teoricamente parecidas possuem realidades completamente diferentes em muitos aspectos.
Em compensação, simplesmente falar “Cada empresa é diferente, não conseguirei te ajudar, se vira” é completamente inútil para quem precisa de ajuda.
Por isso, gostaria de passar algumas dicas para um dos momentos mais difíceis da empresa, a hora de começar. Devo ou não ter um plano de negócios? Por onde começo? Quando devo colocar as ideias em prática?
Essas e outras perguntas serão respondidas após essa figura que usei para deixar o artigo bonitão na página principal do Saia do Lugar.
Você é o único que sabe qual a chave pro sucesso do seu negócio
Um modelo nada mais é do que uma forma de organizar informação
Antes que achem que sou contra o uso de modelos de planos de negócios, eu não sou. Meu único ponto é: use como base, mas na hora H, use seu próprio modelo.
A grande vantagem de conhecer alguns modelos é que eles servem como uma ótima fonte de consulta para saber quais perguntas você precisará responder antes de começar sua empresa.
Conforme o plano te ajuda nas perguntas, é fundamental que você crie as respostas, ou pelo menos um plano para consegui-las.
Na prática, o modelo serve para fazer isso com as suas ideias:Por sinal, meu trabalho de graduação foi uma metodologia para elaboração de plano de negócios. Use e abuse, mas só como referência!
Se você não lembra os objetivos estratégicos de cabeça, eles não servem
Uma das características mais importantes de qualquer plano é que, por mais complexo que sejam, os objetivos em comum do time precisam ser muito claros.
Os militares, referência em planejamento sob situações adversas, usam um termo chamado de intenção de comando (tradução livre de: command intent).
A intenção de comando serve para, mesmo na hora em que o bicho está pegando, as pessoas lembrem do objetivo principal do time e do seu papel nesse objetivo. Para que isso funcione, ela precisa ser MUITO simples e fácil de ser lembrada.
Aulas de história a parte, o que importa é que ao preencher um plano pronto, é muito fácil se perder no meio de tantas informações e montar um planejamento excelente, mas que ninguém se lembra direito de como é.
Por mais que o modelo te ajude, você precisa tirar as principais informações dele e colocar em um lugar de fácil acesso para que todos saibam a intenção de comando e sua função para alcança-la.
Como teste, espere uma semana do planejamento e pergunte ao time “Qual o objetivo principal da empresa e qual sua função nisso?”. Se a resposta não estiver na ponta da língua, seu modelo de planejamento precisa ser revisado.
Conclusão: Sua empresa é como o rajado de um tigre, aja como tal
Assim como a impressão digital, o rajado de um tigre também é algo único de cada indivíduo, mas muito mais maneiro do que rugas no dedo.
A moral da história é que por mais que modelos possam auxiliar, cada empresa precisa de um tipo de análise e só você saberá escolher o seu melhor caminho.
Por exemplo, na análise de riscos, olha só diferentes pontos a serem analisados dependendo do tipo de empresa:
Veterinárias e petshops – Responsabilidade civil para cobrir danos causados aos animais (veja mais)
Escritórios – Muito importante se proteger de danos a equipamentos eletrônicos e reposição de registros e documentos perdidos ou danificados (veja mais)
Escolas – Danos a portões causados por impacto de veículos ou vendavais (veja mais)
Consultórios e clínicas – Garantir equipamentos médicos e odontológicos em caso de subtração (veja mais)
Salões de cabeleireiro – Pagamento das despesas fixas em caso de incêndio, explosão e fumaça (veja mais)
Bares e restaurantes – Garantir bens e valores dos clientes em casos de arrastões (veja mais)
Estacionamentos – Danos causados por colisão dentro do local e responsabilidade civil em caso de danos causados a terceiros (veja mais)
E por aí vai.
A parte boa é que, especificamente na área de seguros, você consegue personalizar o serviço exatamente de acordo com suas necessidades.
Para saber mais, é só enviar um email para promotores.re@portoseguro.com.br ou conhecer melhor sobre as coberturas disponíveis por aqui.
Para finalizar, gostaria de relembrar uma das frases mais marcantes do filme Matrix:
“Existe uma diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho”
Portanto, para você que está na fase de planejamento da empresa, desejo muito sucesso na elaboração do plano e, mais ainda, na implementação desse plano.
Fonte: Saia do Lugar – Por Millor Machado, formado em Engenharia de Controle e Automação pela Unicamp e tem experiência nas áreas de Recursos Humanos, Análise de Mercado e Vendas. Atualmente trabalha com desenvolvimento de produtos e planejamento estratégico na Empreendemia e é um dos editores do blog Saia do Lugar