Comércio eletrônico começa a perder força

29 de janeiro de 2014

digitais-do-marketing-ecommerce-300x167O comércio eletrônico brasileiro, que na última década cresceu em média 35% ao ano, apresentou um ritmo menor de expansão em 2013, acompanhando o desempenho da economia doméstica. A consultoria Forrester Research estima que esse segmento econômico tenha fechado 2013 com faturamento de US$ 15 bilhões, ante US$ 14,4 bilhões no ano anterior, o que representou uma alta de 21%.

Para 2014, a consultoria prevê crescimento mais forte, de 26,7%, para US$ 19 bilhões, impulsionado pela perspectiva de aumento do consumo on-line com a realização da Copa do Mundo no país.

Até 2018, o mercado vai mais que dobrar de tamanho, para US$ 35 bilhões de faturamento. Porém, as taxas de crescimento vão diminuir ano a ano (21% em 2015,17,8% em 2016,15,6% em 2017 e 12,2% em 2018).

Zia Wigder, analista da consultoria responsável pelo estudo, disse que a economia brasileira passou a apresentar taxas de crescimento muito baixas em anos recentes, com alta de 1% em 2012 e cerca de 2% no ano passado. Além disso, o nível de endividamento das famílias aumentou ano a ano, chegando a um valor equivalente a mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB). Para Wigder, o comércio eletrônico continua a se destacar na economia pelas taxas de crescimento de dois dígitos, mas o ritmo de evolução será mais lento daqui em diante.

A analista também afirmou que, diferentemente do que ocorre em outros mercados emergentes, como China e Índia, onde as companhias especializadas em comércio eletrônico dominam o mercado, no Brasil há uma presença importante dos varejistas tradicionais no meio on-line.

Empresas que operam vários sites de varejo on-line, como B2W (dona de sites como Americanas.com, Shoptime e Submarino) e a Nova Pontocom (que opera os sites da Casas Bahia, Extra e Ponto Frio) mantêm uma participação de mercado significativa no comércio eletrônico.

Outros competidores dedicados exclusivamente ao varejo online, como Mercado Livre e NetShoes, também têm papel de destaque no mercado. A analista considerou ainda que esses serviços on-line, aliados a. companhias mais jovens, a exemplo da Dafiti, têm exercido um papel importante no estímulo às vendas de algumas categorias de produtos, como vestuário, calçados e autopeças. (CB)

Fonte: Valor Econômico