A nova classe média sustenta nível do consumo

20 de fevereiro de 2014

consumoSerasa Experian e da consultoria Data Popular.

O levantamento reflete o vigor do mercado interno. O varejo, mesmo com tendência de queda, cresceu 4,3% em 2013 e crescerá 5% neste ano, calculou a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A questão é evitar dívidas em excesso destinadas ao consumo. Além disso, um dos grandes obstáculos ao crescimento não é a falta de consumo, mas de investimento.

Na pesquisa, que ouviu 4 mil pessoas e foi denominada Faces da Classe Média, os consumidores foram separados em quatro perfis. Primeiro, há 14,7 milhões (19% do total) de promissores: jovens com média de idade de 22,2 anos, mais propensos a gastar em beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia, que gastaram R$ 230,8 bilhões em 2013. Segundo, há os batalhadores (39%): 30,3 milhões com idade média de 40,4 anos, que procuram a casa própria, o carro e o estudo dos filhos e gastaram R$ 388,9 bilhões em 2013. Em terceiro vêm os experientes: 20,5 milhões de pessoas com idade média de 65,8 anos (41% são viúvos), que querem continuar no mercado de trabalho para não perder renda e gastaram R$ 274 bilhões.

E há os empreendedores: 16% do total ou 11,6 milhões de pessoas que se destacam pela maior renda individual, idade média de 43 anos, com gastos de R$ 276 bilhões em 2013 (mais do que as categorias de promissores e experientes) e que mais investiram em educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento.

A pesquisa se destina a ajudar as áreas de vendas das empresas, mas, além disso, mostra que a classe C brasileira, isoladamente, seria o 18.º maior mercado de consumo do mundo. Neste ano, deverá adquirir 8,5 milhões de viagens nacionais e 3,2 milhões de internacionais; 7,8 milhões de móveis para casa e igual número de notebooks; 6,7 milhões de TVs, 4,8 milhões de geladeiras e 4,5 milhões de tablets, além de 3,9 milhões de smartphones e máquinas de lavar; 3 milhões de carros e 2,5 milhões de imóveis.

A força da demanda pode favorecer reajustes de preços em mercados com pouca oferta. O equilíbrio entre demanda e consumo é essencial para evitar pressões inflacionárias, que abalam o poder aquisitivo.

Fonte: O Estado de S.Paulo