Quão feliz você é e por quê? Essa é uma pergunta em que passo muito tempo pensando, não só em como se aplica ao meu próprio nível de felicidade, mas também em como se aplica à minha família, aos meus amigos e às pessoas com quem eu trabalho. Desde que me formei no meu mestrado em Psicologia Positiva, tenho observado e trabalhado com milhares de pessoas nas mais diversas definições, e pessoas felizes simplesmente levam a vida de um jeito único. Aqui está o que elas fazem diferente.
Elas constroem uma base social forte. Pessoas felizes se mantêm conectadas às suas famílias, aos seus vizinhos, lugares de adoração e comunidades. Essas fortes conexões funcionam como amortecedores da tristeza e criam conexões firmes e significativas. Os índices de depressão aumentaram dramaticamente nos últimos 50 a 75 anos. A Organização Mundial de Saúde acredita que, até 2020, depressão será a segunda principal causa de mortes no mundo, atingindo aproximadamente 1/3 de todos os adultos. Embora existam várias forças por trás desse aumento, uma das mais importantes é a desconexão entre pessoas e as suas famílias e comunidades.
Elas se engajam com atividades que se ajustam aos seus valores, pontos fortes e estilo de vida. Um tamanho não se ajusta completamente quando se trata de felicidade. Você personaliza o seu exercício para as suas metas pessoais – pessoas felizes fazem a mesma coisa com as suas metas emocionais. Algumas estratégias que são conhecidas por promover a felicidade são melosas demais para mim, mas as que funcionam melhor me permitem praticar atos de bondade, expressar gratidão e me tornar 100% engajado. Dr. Sonja Lyubomirsky apresenta um maravilhosa “Person-Activity Fit Diagnostic” em seu livro A Ciência da Felicidade.
Elas são adeptas da gratidão. Gratidão faz bem ao corpo. Ela te ajuda a lidar com traumas e estresse, aumenta a sua auto-estima quando você percebe o quanto tem realizad0 e geralmente ajuda a suprimir sentimentos negativos. Pesquisas também indicam que a característica de força de gratidão está justamente ligada à satisfação na vida.
Elas têm um estilo otimista de pensar. Pessoas felizes controlam os seus pensamentos negativos de 3 maneiras. Primeiro, elas focam o seu tempo e a sua energia onde elas têm controle. Elas sabem quando seguir em frente se certas estratégias não estão funcionando ou se elas não têm controle de uma área específica. Segundo, elas sabem que “isso também vai passar”. Pessoas felizes abraçam a situação desagradável e entendem que, embora o caminho seja tortuoso às vezes, isso não vai durar para sempre. Finalmente, pessoas felizes são boas em segmentar. Elas não deixam uma adversidade em uma área de suas vidas se infiltrar nas outras áreas.
Elas sabem que é bom fazer o bem. Pessoas felizes ajudam os outros doando o próprio tempo. Pesquisas mostram a ligação estreita entre um comportamento altruísta e bem-estar, saúde e longevidade. Atos de bondade ajudam você a se sentir bem consigo mesmo e os sentimentos positivos que são resultado disso aumentam a sua resiliência física e psicológica. Um estudo acompanhou cinco mulheres que tiveram esclerose múltipla ao longo de três anos. Essas mulheres se voluntariaram como ajudantes de 67 outros pacientes. Os resultados mostrarão que as cinco experienciaram mudanças positivas que eram maiores do que os benefícios apresentados pelos pacientes auxiliados.
Elas sabem que riqueza material é apenas uma parte pequena da equação. Pessoas felizes têm uma perspectiva saudável sobre quanta alegria bens materiais trarão. Em A Ciência da Felicidade, Lyubomirsky explica que, em 1940, os norte-americanos alegaram estar “muito felizes” com uma nota média de 7,5 em 10. Já atualmente, com todos os iPods, TVs coloridas, computadores, carros velozes e uma renda que mais do que dobrou, o que você acha que aconteceu com essa nota? É 7,2. O materialismo não só não traz felicidade, como também é um profeta da infelicidade. Um estudo examinou as atitudes de 12 mil calouros quando eles tinham 18 anos e depois mediu a satisfação com as próprias vidas aos 37. Aqueles que haviam expressado aspirações materiais como calouros estavam menos satisfeitos com as suas vidas duas décadas depois.
Eles desenvolvem estratégias saudáveis de enfrentamento. Pessoas felizes se deparam com adversidades estressantes na vida, mas desenvolvem estratégias bem-sucedidas para enfrentá-las. Crescimento pós-traumático é a mudança pessoal positiva que resulta da luta de um indivíduo para lidar com eventos que podem mudar as suas vidas, e isso ocorre com muitas pessoas que enfrentam uma grande variedade de situações desafiadoras. De acordo com os pesquisadores Tedeschi e Calhoun, existem 5 fatores ou áreas de crescimento após circunstâncias desafiadoras: admiração renovada pela vida, reconhecer novos caminhos para a sua vida, aumentar a força pessoal, melhorar as relações com os outros e crescimento espiritual. Pessoas felizes tornam-se habilidosas em ver o bem que os tempos hostis podem trazer.
Elas se focam na saúde. Pessoas felizes tomam cuidado com a mente e com o corpo e gerenciam o estresse. Focar na saúde, no entanto, não significa só se exercitar. Pessoas felizes agem como pessoas felizes. Elas sorriem, são engajadas e trazer bastante entusiasmo e energia ao que fazem.
Elas cultivam emoções espiritualizadas. Segundo Lyubomirsky, há um corpo em crescimento na ciência que sugere que pessoas religiosas são mais felizes, mais saudáveis e se recuperam mais rápido de um trauma do que as não-religiosas. Além disso, os autores Ed Diener e Robert Biswas-Diener explicam no livro Felicidade: Desvendando os Mistérios da Saúde Psicológica que emoções espitirualizadas são essenciais para a riqueza psicológica e a felicidade porque elas nos ajudam a traçar uma conexão entre nós mesmos e algo maior.
Elas têm direção. Trabalhar no sentido de alcançar objetivos de vida significativos é uma das mais importantes estratégias que pessoas felizes utilizam. Eu subestimei a importância do sentido enquanto exercia o Direito, mas ficou claro o quanto o sentido importava em minha vida quando eu surtei. Pessoas felizes têm valores e resultados por quais vale a pena trabalhar, segundo Diener e Biswas-Diener.
O falecido e respeitável Dr. Chris Peterson falou sobre a própria jornada com a felicidade da seguinte maneira: “Eu passei meus primeiros anos da vida adulta adiando muitas das pequenas coisas que eu sabia que me fariam feliz… Tive sorte o suficiente para perceber que eu nunca teria tempo a não ser que eu arranjasse tempo. E então o resto da minha vida começou.”
As pessoas felizes desenvolveram um grupo específico de estratégias ao longo do tempo para ver a vida de uma forma diferente – um portfólio equilibrado com habilidades e sentimentos. O que você acrescentaria a essa lista?
Esse post é uma tradução. O original em inglês é do Psychology Today.
Fonte: Ingresse.com