A diferença de salários nas pequenas empresas e nas companhias de maior porte diminuiu no Brasil e chegou ao menor nível desde 1999
A diferença de salários nas pequenas empresas e nas companhias de maior porte diminuiu no Brasil e chegou ao menor nível desde 1999.
Estudo do Sebrae em parceria com o Dieese mostra que essa diferença recuou de 44% há 15 anos para 38,2% em 2012, dado mais recente disponível no Anuário do Trabalho, feito a partir de informações do IBGE e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do governo.
O salário médio pago ao trabalhador contratado em uma pequena empresa em 2012 foi de R$ 1.300 -pouco mais de dois salários mínimos daquele ano (R$ 622). Nas companhias maiores, a média salarial foi de R$ 2.100.
“O incremento nos salários pagos nos pequenos negócios é resultado da expansão do mercado interno, com número maior de brasileiros com acesso ao consumo, e da valorização do salário mínimo, que serve como parâmetro para reajustes salariais das micro e pequenas”, diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae nacional.
O aumento real concedido nas pequenas também cresceu em ritmo maior no acumulado de 2002 a 2012.
Descontada a inflação desse período, de 76,92% de acordo com o INPC (indicador usado nas negociações salariais e para reajustar aposentadorias), os salários nas micro e pequenas tiveram ganho real mais expressivo.
Os 16,2 milhões de trabalhadores empregados nos pequenos negócios obtiveram 32,5% de ganho real no acumulado de dez anos. Nas médias e grandes, o aumento concedido aos 15,1 milhões de empregados foi de 22%.
Os pequenos negócios pagaram R$ 20,75 bilhões de salários em 2012 -40% do total da massa salarial do país.
Comércio e construção civil são os dois setores que registraram aumento real ainda mais expressivo -38% e 35%, respectivamente no acumulado do período. Em seguida, estão indústria (32%) e serviços (28%).
Fonte: Folha.com