Confira as dicas de especialistas para você não se deixar intimidar pela competição exagerada do ambiente corporativo
Um ambiente de trabalho competitivo exige um desempenho acima da média a todo momento. O profissional precisa provar sua competência diariamente para conseguir obter reconhecimento, promoções, recursos para um novo projeto ou até status com o chefe. Os níveis de estresse e de ansiedade crescem a medida que os colaboradores participam mais intensamente dos jogos políticos organizacionais do que no passado.
De acordo com o sócio fundador da Unique Group, Gustavo Coimbra, neste tipo de ambiente se torna mais difícil estabelecer relações pessoais de confiança. “A cultura destas empresas são marcadas pela exigência de metas individuais, mais ligadas a vendas ou ao desempenho, que representam grande parte dos ganhos financeiros. É costume a divulgação de rankingscomparativos de performance para todos e premiar os melhores, além de demitir os que rendem menos”, explica o especialista em recrutamento de executivos para média e alta gestão com experiência em treinamento e sinergias em projetos internacionais.
Para Coimbra, é possível a adaptação a culturas mais agressivas, contanto que o profissional se sinta bem em ambientes mais competitivos. “Uma regra básica é jogar o jogo e se testar a todo momento, buscando sua superação individual. Neste ambiente é preciso desenvolver competências importantes como autonomia, flexibilidade, tomada de decisão sob pressão e uma certa dose de tomada de risco”, analisa.
Estar disponível para conhecer mais sobre cada colega da equipe, manter um canal de comunicação aberto, tentar sempre inovar ou criar novas soluções, buscar constante atualização e métodos para o desenvolvimento de mais habilidades e competências e, sobretudo, recorrer a saídas amistosas e diplomáticas, em casos de conflitos. As dicas são de José Roberto Marques, fundador e presidente do Instituto Brasileiro de Coaching.
“Um trabalho competitivo também pode ser desafiador, inovador e criativo, onde as mentes são postas para produzirem mais e melhor. É aquele onde cada um responsável por uma etapa do processo e o resultado é o fruto do bom trabalho de todos. Um lugar onde o desenvolvimento é estimulado diariamente afim de extrair o máximo de cada profissional”, esclarece José Roberto Marques, um dos pioneiros em coaching no Brasil.
Nas últimas décadas, culturas organizacionais mais agressivas ganharam maior espaço no mercado brasileiro. Na opinião de Gustavo Coimbra, o país tem se tornado naturalmente mais competitivo por conta de seu crescimento e da sua entrada no mercado internacional como um grande player, atraindo investimentos e empresas que possuem em seu DNA cultura competitivas.
O crescimento do coaching no país é outra prova do crescimento desta tendência. “Os brasileiros estão mais preocupados com a competitividade e buscando diferenciais para se destacar no desempenho de suas atividades. Eles necessitam mais do que conhecimentos técnicos, necessitam desenvolver-se para conseguir conviver em qualquer ambiente. Com o objetivo de manterem-se competitivos e não se tornarem competidores’, esclarece José Roberto Marques.
Já quem procura por segurança e não gosta de conviver em um clima de competição constante, deve repensar sua escolha. Daí vem a importância do auto-conhecimento para que a pessoa certa se posicione no lugar certo.
O desejo de todo profissional é ser bem-sucedido. Mas o que é isso? “Até alguns anos um profissional bem-sucedido era o profissional bem-remunerado ou com estabilidade profissional. Hoje, não necessariamente. Além de uma remuneração compatível com seu desempenho, um profissional bem-sucedido é aquele que encontrou o equilíbrio e o prazer em sua atividade”, responde Gustavo Coimbra.
Fonte: Yahoo