Empresariado dá avaliação mediana à infra-estrutura em cidades da Copa

12 de maio de 2014

copa_imagem_revistapegnUm segundo detalhamento da pesquisa sobre os empresários e a Copa do Mundo, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra a percepção que comerciantes e prestadores de serviços têm sobre a infra-estrutura brasileira para receber o evento. Em uma escala de um a cinco, a média geral para os investimentos feitos nas cidades brasileiras foi 2,9. O estudo ouviu 600 proprietários e gestores de empresas cujos segmentos de atuação têm relação direta com o evento nas sete cidades-sede que mais receberão partidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza).

Brasília foi a capital mais bem avaliada pelos empresários, enquanto que São Paulo e Recife foram as mais criticadas pelo setor. Confira a avaliação dos empreendedores sobre o nível de investimentos em suas próprias cidades:

Em um ranking entre as sete cidades-sede, Recife divide o posto de última colocada ao lado de São Paulo. Os empresários da capital pernambucana, de modo geral, deram nota 2,7 à infra-estrutura da cidade. Os pontos mais elogiados foram a Arena Pernambuco (4,0), a rede hoteleira local (3,5) e a qualidade/atratividade dos pontos turísticos (3,5).

Por outro lado, os pontos mais criticados foram a capacidade de lidar com as manifestações (1,7), o transporte público local (1,7) e a rede pública de saúde (1,7).

O empresariado de São Paulo atribuiu nota 2,7 aos investimentos feitos na cidade. Centro financeiro brasileiro e referência da culinária tradicional e contemporânea, os pontos mais destacados pelo setor foram o comércio (3,9), os bares/restaurantes (3,6) e a mão de obra local (3,5).

No entanto, as notas mais baixas foram dadas ao quesitos segurança (1,8), transporte público (1,8) e à rede pública de saúde (1,8).

Os empresários de BH, de modo geral, atribuíram nota 2,8 à capital mineira, deixando a cidade em quinto lugar entre as sete cidades pesquisadas. Os pontos mais elogiados de Belo Horizonte foram o estádio Mineirão (4,3), a rede hoteleira (3,9) e os bares/restaurantes (3,7), famosos por movimentarem a cena boêmia e gastronômica da capital mineira.

Já os pontos mais criticados foram a capacidade de lidar com as manifestações (1,8), o sistema de transporte público (1,8) e a rede pública de saúde (1,9).

O Rio de Janeiro teve média final 2,9, ficando em quarto lugar entre as sete cidades-sede avaliadas. Como era de se esperar, o requisito mais bem avaliado pelos empresários cariocas foram os pontos turísticos da cidade maravilhosa (4,4), seguidos da qualidade da rede hoteleira (4,4), dos bares/restaurantes (4,4) e do comércio (4,3).

Já os pontos mais críticos, na avaliação dos empreendedores locais, foram os aeroportos (1,9), a acessibilidade urbana (1,9), o transporte público (1,9), a segurança (1,8) e o despreparo para lidar com as manifestações (1,6).

Com média final 3,5, a capital cearense ficou em terceiro lugar entre as cidades avaliadas pela pesquisa CNDL/SPC Brasil. Fortaleza saiu na frente na avaliação da Arena Castelão (4,1), dos pontos turísticos (4,0), do comércio (3,9) e na avaliação dos bares/restaurantes (3,9).

Os pontos negativos, na visão dos empresários cearenses, foram a mobilidade urbana (2,4), a segurança (2,3) e o transporte público (2,3).

A capital baiana ficou com média final 3,2 e, no ranking geral, só ficou atrás da capital Brasília . Para os empresários soteropolitanos, os destaques de Salvador são a hospedagem (4,1), os bares/restaurantes (4,0) e a Arena Fonte Nova (4,0). Aparentando um alto grau de aprovação com os investimentos feitos na cidade, o único ponto negativo para os empresários da região é a rede pública de saúde, que ficou com nota 2,2.

Famosa pelo alto padrão de qualidade de vida, Brasília obteve média final 3,5 e, na avaliação dos empresários locais, é cidade mais bem preparada para receber os jogos da Copa do Mundo. Os pontos mais destacados pelos empresários brasilienses foram as atrações turísticas (4,2), o comércio local (4,1), os bares/restaurantes (4,1), a rede hoteleira (4,0) e o estádio Mané Garrincha (4,0).

Segundo as notas atribuídas pelos empresários brasilienses, não há pontos negativos nos investimentos feitos na capital federal.

Investimentos públicos aquém do desejado

De modo geral, os pesquisadores do SPC Brasil e da CNDL concluíram que a avaliação dos empresários tende a ser mais negativa, quando analisados segmentos de responsabilidade do poder público como segurança, saúde e transporte público, por exemplo. Por outro lado, as atividades da iniciativa privada como rede hoteleira, comércio, mão de obra e tiveram as notas mais altas.

Ao todo foram ouvidos 600 empresários, proprietários ou gestores, cujos negócios tem relação direta com a movimentação gerada pela Copa do Mundo e estão localizados nas sete cidades-sede, onde acontecerão o maior número de jogos (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. *Com informações da Agência Brasil

Fonte:  Monitor Mercantil Digital