Nordeste é a região com mais acessos às redes sociais pelo celular. Pensando nisso, operadoras têm planos específicos para atender esse público
No Brasil, esse comportamento atinge sobretudo os consumidores mais jovens e do Nordeste.Foi-se o tempo em que o consumo de computadores, celulares e equipamentos modernos era considerado uma tendência. Hoje esse consumo, sobretudo pelo público jovem, é uma realidade que obriga as empresas a adotarem planos e estratégias de mercado específicos para os amantes de tecnologia.
Pesquisa feita pelo grupo Telefonica indica que consumidores entre 16 e 24 anos das capitais do Nordeste são os que mais acessam as redes sociais – como o Facebook e Twitter – pelo celular. Nessa região do país, 66% dos jovens declaram acessar ao menos uma de suas contas em redes sociais mais de uma vez ao dia – um percentual registrado tanto entre os moradores das capitais quanto das cidades do interior.
Sabendo dos gastos altos da juventude com equipamentos e serviços cada vez mais modernos, as empresas de telefonia investem pesado nesse mercado. A Oi, por exemplo, tem um plano específico: o Oi Galera, que cobra menos pelo pacote de dados que outros planos da operadora.
Segundo o gerente de Produtos de Mobilidade da empresa, Gustavo Alvim, metade dos clientes do plano está concentrada da região Nordeste. “Criado após um estudo, 79% das pessoas que têm esse plano (que possui o dobro de uso do pacote de dados) na Bahia têm menos de 30 anos”.
Realidade
Conectados a todo momento, os jovens dessa geração nasceram e cresceram em meio à internet e são os principais consumidores de produtos tecnológicos. Foi assim que o presidente nacional da Microsoft do Brasil, Mariano de Beer, avaliou a relação da juventude com a tecnologia: “Não é mais uma situação de tendência de mercado. É uma realidade. E, por isso, as empresas já direcionam produtos voltados para esse público”, afirmou, em entrevista ao CORREIO.
Viciados
Aos 19 anos, a estudante de Arquitetura Yasmin Borges tem dois celulares, um iPhone 4S e um 5S, um iPad, um notebook Sony Vaio e admite ser fã de inovações.
“Desde pequena sou apaixonada pelos produtos da Apple e por tudo que pode agilizar a minha vida. Sempre que tem algum lançamento que gosto fico com muita vontade de comprar. Estou de olho no novo iPad mini e Macbook Pro de 16 polegadas, mas não sei se vou comprar o iPhone 6 porque não gostei do design”, contou.
A futura arquiteta disse que não sabe quanto gasta com seus aparelhos e planos, mas calcula em, ao menos, R$ 2 mil por ano. “Não tenho certeza, porque não sou eu que pago minhas contas”, disse, referindo-se aos pais.
Um dos iPhone ela ganhou do pai e o mais novo da mãe, que comprou por US$ 800 nos Estados Unidos na época em que o aparelho custava cerca de R$ 4 mil no Brasil.
O vestibulando Mário Almeida, 19, também é da turma dos ‘conectados’, e é conhecido pelos amigos como geek (em inglês, alguém viciado em tecnologia e internet). A inovação sempre o atraiu. “Não largo o meu celular e tablet em nenhum momento”.
Fonte: Correio* 24 horas