Bahia registra crescimento de 3,4% em compras online

17 de setembro de 2014
Em 2014, consumidor terá gasto de R$ 292,47 e tempo médio de navegação de 3min33seg Joá Souza | Ag. A TARDE

“A ocasião faz o ladrão. E um cartão de crédito na mão, o que não faz?”. A frase adaptada resume o estilo da assistente social Mírian Tourinho, que não perde uma boa oportunidade para realizar compras pela internet, principalmente quando há promoções e descontos exclusivos nas lojas virtuais.

Na casa da assistente social, o que não falta são produtos e objetos adquiridos sem sair de casa: aspirador de pó, roupas, sapatos, perfumes, joias, cremes, livros e Cds chegaram até lá a partir de um clique no mouse. As passagens aéreas também são compradas apenas pela internet.

“Minha primeira compra foi o aspirador de pó. Eu tinha pesquisado nas lojas e quando acessei o site ele estava com frete grátis e R$ 40 mais barato que na loja física. Compro pela necessidade ou oportunidade, por exemplo quando gosto de uma blusa em um site que está em promoção”, revela Mírian que, a partir desta experiência, aumentou a frequência de compras virtuais.

Segundo dados divulgados pela pesquisa Mapa Conversion do E-commerce no Brasil, desenvolvida pela agência digital Conversion, a Bahia aparece em sexto lugar no ranking geral do mercado nacional de e-commerce (comércio virtual), alcançando 3,57% das vendas online do País. Ainda de acordo com a pesquisa, o estado apresenta para 2014 um crescimento de 3,4% em compras via internet.

No geral, a estimativa é que o comércio eletrônico termine o ano com um faturamento total de R$ 39 bilhões, que representa um aumento de 26% em relação a 2013. A média de gasto por consumidor para 2014 é de R$ 292,47, com tempo médio de navegação em sites de 3 minutos e 33 segundos.

A empresa chegou a este resultado a partir da avaliação de 100 milhões de visitas em lojas virtuais do Brasil, em 12 meses de apuração, considerando a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de cada estado, além de dados consolidados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (AbComm).

Segurança, entrega, suporte e garantia do produto são apontados como os principais fatores para o aumento da confiança do consumidor em relação ao comércio virtual. A advogada Maria Teresa Aguiar complementa esta lista de benefícios com a praticidade de comprar sem precisar se deslocar por várias lojas, principalmente para adquirir seu produto preferido: livros.

“Escrevo o nome do livro e pesquiso rapidamente em várias lojas virtuais, como Americanas, Cultura, Saraiva e Submarino. Em geral, o produto chega em um prazo razoável, que é o tempo que eu teria para ir ao shopping e procurar. A internet reúne livrarias de todo o Brasil e eu ainda compro dois livros pelo preço de um”, afirma ela, que também destaca os sebos virtuais, onde é possível achar livros em bom estado de conservação ainda mais baratos.

Cuidados para a compra

O advogado e assessor técnico do Procon-BA, Felipe Vieira, dá 10 dicas para realizar uma compra segura e sem dores de cabeça (confira box abaixo). “Posso falar de cara que o principal cuidado que o consumidor deve ter é quanto ao fornecimento de dados pessoais e financeiros. Uma vez que ele insere estas informações, fica difícil monitorar o acesso. Além disto, o procedimento recomendado é preferir sites mais conhecidos e populares, que pressupõem maior controle de acesso e segurança”, ressalta.

Caso o comprador tenha problemas com fraudes no cartão de crédito ou na entrega dos produtos, a orientação é que faça um boletim de ocorrência na delegacia de crimes virtuais, uma reclamação junto à operadora do cartão e entre em contato com os canais de atendimento do Procon, para buscar orientações e registrar a queixa. Segundo Felipe, se a fraude for comprovada, o cliente pode buscar uma indenização no Juizado de Pequenas Causas.
Confira 10 dicas para realizar compras online*

– Fique atento ao fornecimento de dados pessoais e financeiros, pois é difícil controlar quem terá acesso a eles. Alguns sites de natureza fraudulenta têm servidores em outros países;
– Dê preferência a sites mais conhecidos e populares, que possuem melhor controle de acesso e segurança, além da privacidade de informações;
– Confira os certificados de segurança do site;
– Verifique os dados da empresa (CNPJ, nome empresarial, razão social e endereço físico);
– Mantenha a atualização constante do programa de antivírus instalado no terminal de acesso (computador, tablet, smartphone);
– Atualize o navegador. Caso haja incompatibilidade com a plataforma do site, o internauta pode inserir os dados do cartão de crédito e receber uma mensagem de erro, mas a transação ser realizada. Entre os mais utilizados estão o Windows, Mozilla, Chrome, Safari, navegadores da plataforma Android, Blackberry e Windows Live;
– Redobre o cuidado em relação ao direcionamento para sites ou links externos durante o processo de compra. Muitos hackers mantêm a ambientação do site, mas incluem um link fraudulento, que redireciona as informações mas não concretiza a compra;
– Imprima as telas de cada etapa da compra. Caso não haja esta opção, utilize o botão “Prin Screen” para captar a tela e salve em outro local do computador;
– Aproveite o ambiente da internet para pesquisar a reputação dos fornecedores;
– Em caso de problemas, procure os postos de atendimento do Procon ou seus canais virtuais (Facebook, Twitter e Instagram: Proconba)

*Fonte: Felipe Vieira, advogado e assessor técnico do Procon-BA

Fonte: Portal A Tarde