O dólar fechou em queda no mercado à vista, influenciado principalmente pela notícia do contingenciamento fiscal e pela ata do da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), divulgada após o fechamento dos negócios no balcão, ontem.
No termino da sessão, o dólar à vista caiu 1,44%, a R$ 2,6680. O volume de negócios totalizava US$ 1,261 bilhão, por volta das 16h30. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,59%, a R$ 2,6855.
Antes da abertura dos negócios, decreto publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União mostrou que o governo federal reduziu a 1/18 (um dezoito avos), de 1/12 (um doze avos), o montante de gastos que estão autorizados, por lei, a ministérios e secretarias antes da aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional. A intenção é reforçar o esforço para o cumprimento da meta fiscal de R$ 66,3 bilhões deste ano, ou de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor corresponde a um total de R$ 3,775 bilhões, representando um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão.
O dólar abriu em queda, reagindo ao corte de gastos públicos e ao clima mais calmo no exterior. No balcão, a moeda também foi pressionada pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) no ano passado, que foi divulgada após o fechamento dos negócios no mercado à vista. O documento apresentou um tom mais dovish, reforçando a expectativa de que o processo de alta de juros nos EUA será suave, o que levou o dólar para fevereiro a registrar forte queda ontem.
Como os negócios no balcão ontem foram encerrados antes da divulgação do documento, não houve tempo de o dólar à vista reagir à sinalização e a moeda acabou fechando em alta. A distorção entre o mercado de balcão e o futuro provocou ajustes ao longo da sessão desta segunda-feira, com o dólar à vista apresentando perda porcentual mais acentuada que a divisão negociada para fevereiro.
O recuo do dólar ante a maioria da moedas de países emergentes ou exportadores de commodities, favoreceu o recuo da divisa dos EUA no Brasil. O apetite dos investidores por essas moedas foi estimulado pela ata do Fed, que sinalizou apoio à adoção de estímulos em outros países, para impulsionar a economia global, e indicou que a alta de juros nos EUA não será imediata. O documento também reforçou a expectativa de novas medidas de estímulo serão anunciadas na zona do euro, ao destacar que os membros do Fed disseram que a piora no exterior pode enfraquecer o crescimento dos EUA.
Fonte: Agência Estado