Venda de eletroportáteis cresceu 8,4% em 2014

22 de janeiro de 2015

O grande destaque foram as fritadeiras elétricas sem óleo, que tiveram um avanço de 81% nas vendas

eletroportáteisEnquanto o volume de vendas de eletrodomésticos como máquinas de lavar louça, geladeiras e fogões no varejo ficou praticamente estável em 2014 (alta de 0,4%, para 31,3 milhões de unidades), a categoria de eletroportáteis (ventilador, ferro de passar roupa, aquecedor e secador de cabelo, por exemplo) cresceu 8,4%, segundo dados da Euromonitor.

O grande destaque foram as fritadeiras elétricas sem óleo, que tiveram um avanço de 81% nas vendas. Os volumes, porém, ainda não são expressivos: passaram de 500 para 900 unidades em um ano. Para Alexis Frick, a busca por esse tipo de produto mostra que o brasileiro está seguindo a tendência mundial de busca por hábitos de vida mais saudáveis. A expectativa é que as vendas desse tipo de produto dobrem até 2019 tanto no Brasil quanto no mundo.

Por medir os números nas lojas, os números da Euromonitor podem divergir da leitura feita por fabricantes, que normalmente levam em consideração as vendas feitas às redes varejistas. As redes estocam alguns produtos e podem demorar a fazer novos pedidos às fábricas.

Outro movimento percebido por Frick entre os consumidores é a opção por eletroportáteis como uma forma de equipar a casa sem gastar muito. “Eles valorizam a cozinha e não são tão caros quanto outros eletrodomésticos, por isso se tornam uma opção viável ao consumidor”, disse.

No segmento de eletrodomésticos convencionais, houve avanço das máquinas de lavar louça: crescimento de 27,7%, para 382 mil unidades. É o brasileiro em busca de comodidade, diz Frick.

Na avaliação de Sergei Sergei Epof, gerente geral de linha branca da japonesa Panasonic, 2015 será mais difícil do que 2014, por conta de medidas como a elevação do IOF para o crédito de pessoa física. Ele disse acreditar que as vendas devem se manter estáveis em relação ao ano passado, mas os valores podem subir por conta dos repasses de custos. “O consumidor também está procurando produtos mais caros, principalmente em segmentos onde o uso é maior, como nos refrigeradores [que estão em quase 100% das casa brasileiras]”, disse Epof.

Fonte: Valor Econômico