O correntista que usa o valor do cheque especial – crédito automático disponibilizado pelos bancos- está sujeito ao pagamento de juros que, na média, alcançam 202,5% em um ano.
Ou seja, vai pagar o triplo do valor que retirou. Ao mês a taxa média está em 9,66%, 0,1 ponto percentual acima de setembro último.
Os números foram indicados em pesquisa feita, no último dia 2, pela Fundação Procon de São Paulo, em sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal (CEF), HSBC, Itaú, Safra e Santander.
A menor taxa foi encontrada na CEF (6,33%) e a maior no Santander (12,99%). Dos sete bancos pesquisados, três elevaram a taxa do cheque especial: Bradesco (de 9,48% para 9,62%, alta de 1,48% sobre setembro) ; HSBC (de 10,67% para 10,77%, alta de 0,94%); Santander (de 12,49% para 12,99%), alta de 4%. As instituições financeiras restantes não fizeram alterações.
Já em relação ao empréstimo pessoal a taxa média alcançou variação de 5,81%, o que representa aumento médio de 0,02 ponto percentual. As alterações ocorreram apenas em duas das sete instituições, sendo que a CEF reduziu a taxa de 3,85% para 3,75%, queda de 2,6%. Já o HSBC aumentou o percentual de 7,29% para 7,49%, alta de 2,74%.
A Fundação Procon observa que em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 11% ao ano. A próxima reunião ocorrerá nos próximos dias 28 e 29.
O Procon recomenda ainda cautela por parte do consumidor na hora de recorrer a alguma modalidade de empréstimo bancário. Além de ficar atento às taxas cobradas sobre a operação, o tomador deve evitar fazer vários empréstimos o que poderia implicar riscos de inadimplência, alerta a entidade.
Fonte: Exame.com