Organização Internacional do Trabalho abriu o ano com a publicação “Women in Business and Management, Gaining Momentum” (Mulheres nos negócios e na gestão, Ganhando corpo). É mais um relatório mostrando o gap de gênero no mundo, sinal de que o assunto merece a atenção por pelo menos dois motivos. 1) Seria mais justo um mundo com equidade de cargos e salários entre homens e mulheres. 2) Seria mais lucrativo também. A inclusão de mulheres no mercado de trabalho pode significar, numa economia, a diferença entre estagnar e crescer. O Brasil deve principalmente ao aumento de mulheres no mercado de trabalho o crescimento do PIB das duas últimas décadas.
A partir de pesquisas anteriores e entrevistas com centenas de empresas em mais de 100 países, o relatório da ILO (International Labour Organization/2015) traz uma série rica de dados sobre o gap de gênero que reproduzo aqui.
As boas notícias
– As mulheres ocupam 40% dos empregos no mundo.
– Juntas, elas representam o terceiro mercado bilionário do planeta, ao lado da Índia e da China.
– Tudo junto (de autônomos a negócios maiores), 30% dos negócios do mundo são comandados por mulher.
– Na última década, em 80 de 104 países vêm crescendo a proporção das mulheres gestoras. Mas em 23 países, o número de gestoras cai.
As notícias mais ou menos
– Apenas 3 de 108 países pesquisados tem mais de 50% de mulheres em cargos de gestoras de empresas. São eles a Jamaica, a Colômbia e a ilha caribenha de Santa Lucia. O Brasil está em 31º lugar na lista, enquanto o último lugar é do Paquistão, onde apenas 3% das empresas têm mulheres na gestão.
– Apenas 4% dos países (os nórdicos) têm mais de 20% de assentos no board ocupados por mulheres.
– 5% dos CEOS das maiores empresas do mundo são mulheres. Entre as maiores da America Latina, 1,8%.
– Os cinco países com mais mulheres em cargos de gestão de nível médio para sênior são República Dominicana, Panamá, Letônia, Equador e Filipinas (veja quadro abaixo).
Fonte: Yahoo! Mulher