Inadimplência no Nordeste atinge 21,24%, aponta o SPC Brasil

30 de janeiro de 2015

nordeste - portalparnaibanoticiasA inadimplência do consumidor com empresas de telecomunicações — que prestam serviços de telefonia, acesso à internet e TV por assinatura –, tem apresentado crescimento superior aos demais setores da economia brasileira. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgado, ontem, enquanto a inadimplência total no País vem desacelerando — já que, em dezembro último, o crescimento do total de dívidas não pagas foi de 3,19% contra 5,43% em agosto de 2014 –, a quantidade de contas atrasadas no setor de telecom avançou 16,21%, a maior alta em 24 meses.

Por regiões, o Nordeste aparece em segundo lugar, com o maior nível de inadimplência no período analisado. Em dezembro de 2014, segundo o levantamento, a região superou a média nacional com 21,24%, assim como a região Norte, que lidera o ranking das contas em atraso, com expressivos 37,42%. As demais regiões também registraram aumento, mas abaixo da média, como é o caso das regiões Sudeste (14,49%), Sul (11,47%) e Centro-Oeste (9,88%).

DETALHAMENTO

Os dados apurados pelo SPC Brasil mostram ainda que a maior parte das dívidas pertence aos consumidores com idade entre 30 e 39 anos (27,79%), seguido pelos devedores de 40 a 49 anos (19,49%), de 50 e 64 anos (16,13%) e pelos que têm idade entre 25 e 29 anos (14,43%). A abertura dos dados por tempo de atraso da dívida revela que as mais antigas, com mais de 90 dias, tiveram alta de 16,26%. Essa faixa concentra mais de 99% das dívidas de telecom. As mais recentes, com até 90 dias, tiveram avanço moderado e cresceram 9,12% em dezembro último.

A tendência também se reflete no aumento da participação do setor de telefonia, internet e TV por assinatura no total de dívidas registradas no País. Desde janeiro de 2010, quando teve início a série histórica revisada do SPC Brasil, a participação deste setor quase dobrou, passando de 8,7% para 15,82% em dezembro de 2014.

Fonte: O Estado – Online