De acordo com o Boletim Regional do BC, apenas no período entre julho de 1964 e julho de 1965 o salário mínimo comprava mais do que hoje
Atualmente em R$ 788, o salário mínimo atingiu, em janeiro, o maior poder de compra desde agosto de 1965, revela levantamento divulgado pelo Banco Central (BC). De acordo com o Boletim Regional do BC, apresentado em Porto Alegre, apenas no período entre julho de 1964 e julho de 1965 o salário mínimo comprava mais do que hoje, em valores corrigidos pela inflação.
De acordo com o Banco Central, a valorização do salário mínimo tem determinado, em parte, a elevação da renda real dos trabalhadores nos últimos anos, principalmente dos empregados que ganham menos e dos beneficiários da Previdência Social. De 2003 a 2014, o rendimento médio da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo. O movimento pode ser explicado pela formalização do mercado de trabalho, que atraiu profissionais que ganhavam menos que o mínimo.
Para a população que ganha de 1 a 1,5 salário mínimo, o rendimento médio real do trabalhador subiu 1% a mais que o mínimo de 2003 a 2014. Na faixa de 1,5 a 3 salários mínimos, o indicador aumentou 23% menos que a correção do mínimo. Para a população que ganha mais de 3 salários mínimos, o rendimento médio real subiu 53% a menos que o mínimo.
Segundo o BC, 28,2% dos trabalhadores brasileiros recebem o salário mínimo e 54,4% ganham de um a três salários mínimos. De acordo com a instituição, a política de valorização do salário mínimo é a grande responsável pela recuperação do poder aquisitivo dessa faixa de renda. Desde 2008, o salário mínimo é reajustado a cada ano com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PÌB) de dois anos anteriores e da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
Fonte: Agência Brasil