O consumidor brasileiro inadimplente está com o nome sujo há aproximadamente dois anos, deve para 3,7 diferentes empresas, adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676 junto às empresas credoras – já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso. Tal valor corresponde a 768% da renda familiar mensal de um consumidor entrevistado na pesquisa, de R$ 2.822. Os dados são de uma pesquisa sobre A Recuperação de Crédito no Brasil, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, realizada nas 27 capitais brasileiras entre os dias 1 e 8 de fevereiro.
Os atuais inadimplentes declaram que, em média, a dívida inicialmente custava R$ 12.776 (comprometimento de 453% da renda média de R$ 2.822) e que depois das cobranças monetárias passou a custar R$ 21.676 (comprometimento de 768% da renda). “Por isso o consumidor inadimplente deve negociar e pagar o que deve o mais rápido possível para que a dívida não se transforme em uma bola de neve”, explica um economista do SPC Brasil.
Deixar de pagar a fatura do cartão de crédito é a principal razão apontada por três em cada cinco entrevistados inadimplentes (61%) para ter ficado com o nome sujo, ao lado de atrasos nas parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de empréstimos (31%) e de boletos bancários (37%). Outras razões mencionadas foram os cheques sem fundo (20%), deixar de pagar o cheque especial (18%) e o atraso com parcelas de financiamentos (15%).
A pesquisa indica que a quantidade de parcelas não pagas representam algo entre 53% e 72% do total de parcelas acordadas no momento da compra.
Fonte: Bahia Econômica