Salário não acompanha o reajuste no preço dos produtos, o que tem diminuído o poder de compra do consumidor
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em maio, o tempo médio necessário para adquirir produtos da cesta básica foi de 98 horas e 44 minutos, o que corresponde a mais da metade de um mês de trabalho, se levar em consideração uma jornada semanal de 44 horas.
Em maio de 2014, o tempo trabalhado para comprar a cesta básica foi de 96 horas e 51 minutos. A mesma pesquisa estima que o salário mínimo necessário para arcar com esta variação no preço da cesta básica e também com gastos com educação, saúde e vestuário – conforme exige a Constituição – deveria corresponder a R$ 3.377,62, no mês de maio – montante 4,29 vezes o salário mínimo atual, de R$ 788. Em abril, a estimativa de salário mínimo era de R$ 3.251,61, uma diferença de R$ 126,01.
Segundo a supervisora técnica do Dieese na Bahia, Ana Georgina Dias, o salário não acompanha o reajuste no preço dos produtos, o que tem diminuído o poder de compra do consumidor. “Geralmente o nosso salário só tem aumento uma vez por ano. Isto significa que estamos comprando menos com o que ganhamos”.
Para estimar o valor médio do salário mínimo necessário, o Dieese toma por base uma determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Fonte: Correio* 24 horas