De janeiro a junho, 56 milhões estavam com nome no cadastro de devedores. Dívidas com atraso entre 90 e 180 dias aumentaram 24,74%
Pesquisa divulgada, nesta semana, mostra que o número de brasileiros que não conseguem pagar suas dívidas é o maior dos últimos três anos, analisando dados do semestre. O estudo feito pelo SPC Brasil e pelaConfederação Nacional dos Dirigentes Lojistas revela que 40% da população adulta têm dívidas.
A pesquisa mostra que as dívidas com atraso entre 90 e 180 dias aumentaram 24,74%. A estimativa é de que em junho havia 56,5 de consumidores nos cadastros de devedores inadimplentes. Na comparação anual, com junho de 2014, o número de devedores aumentou 4,52% e o número de dívidas registradas quase 5,75%.
O atraso no pagamento das contas de água e luz liderou a inadimplência. De junho do ano passado a junho deste ano, foi um aumento de 15,6%, e 11,83% nos primeiros seis meses de 2014.
De cada dez pessoas, cinco estão devendo para bancos, incluindo as faturas atrasadas do cartão de crédito. As dívidas com bancos cresceram quase 10% em junho deste ano, na comparação com junho de 2014
O cartão de crédito costuma ser a última das prioridades das famílias. Veja que elas têm que pagar pelas suas necessidades básicas, como água, luz, alimentação, saúde, remédios. Então, o cartão de crédito acaba sendo deixado por último e a inadimplência nesse segmento tende a crescer muito mais do que a inadimplência de um modo geral, explica Flávio Borges, gerente financeiro do SPC Brasil.
O treinador comportamental ganhava R$ 1.500 e quando percebeu estava devendo R$ 40 mil de cartão. Ele teve que aprender na marra: Esse crédito fácil é 100% ilusão. É crédito maior do que a pessoa ganha, leva a desperdício de dinheiro e entra num buraco sem retorno.
Queda nas vendas Endividados e com renda menor, os brasileiros estão comprando menos. O resultado aparece em números, como os divulgados pelo IBGE, nesta terça-feira (14). As vendas do comércio varejista, em maio, foram 0,9% menores do que no mês anterior, abril. Comparando com maio do ano passado, a queda é ainda maior: 4,4%.
As lojas de móveis e eletrodomésticos, os mercados de comida e bebida, e as lojas de roupas e calçados registraram as piores vendas. Foi o quarto mês seguido de queda nas vendas do comércio.
Fonte: G1 – Globo/ Jornal Hoje