O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), empresário cearense Honório Pinheiro, afirmou que é necessário, de maneira rápida, haver uma oferta diferenciada de crédito para o setor varejista. “O Banco do Brasil (BB) precisa analisar melhores condições de crédito para o varejo, porque o atual modelo está colocando o setor em sérias dificuldades para enfrentar a crise econômica, que continua em todas as áreas de produção do País”, asseverou o dirigente, que viajou para Brasília na madrugada de ontem.
Ele foi participar de reunião da diretoria da entidade para discutir mais facilidades de crédito para o varejo e, também, para qualquer outro segmento produtivo. Acrescentou, ainda, que já está na hora do Governo Federal, através dos bancos públicos, começar a sinalizar taxas de juros mais baixas, a fim de que o varejo brasileiro possa respirar com mais tranquilidade porque, agora, passa por um momento de falta de ar.
Denominador
O presidente da CNDL não falou em percentuais, justificando que o estudo começa a ser realizado hoje, porque recebeu convite do banco para tentar encontrar um denominador comum, que seja bom para as duas partes. Para ele, é importante que o banco encontre uma linha de crédito diferenciada para o varejo, observando que os juros já estão num patamar muito elevado, quase inviabilizando a atividade do segmento.
O empresário observou que o Governo Federal aumentou, consideravelmente, as suas despesas correntes e, no momento, não tem de onde tirar dinheiro, senão dos bancos, dentro do que é possível. A saída para minimizar a crise econômica brasileira, conforme Pinheiro, seria o Governo estimular o setor produtivo, porque sem produção, vai ocorrer mais desemprego, pois isso já está acontecendo e em grande escala.
Além do desemprego, ele lembra que a inadimplência está muito alta, com crescimento médio de 16 %, mas felizmente parou de crescer. Uma recente pesquisa mostrou que mais de 57 milhões de brasileiros estão com o nome negativado, porque não estão pagando as suas contas. Isso complica muito, porque quem está nessa situação não compra e o varejo perde vendas”, completou Honório Pinheiro.
Fonte: O Estado – Online