Loja em São Paulo aumentou as vendas mudando o balcão de lugar. Outra comerciante apostou em redução de custos e mais divulgação
Mesmo com a preocupação dos brasileiros com o momento econômico, o empresariado não pode deixar o show parar. As estatísticas mostram que, em maio, 456 postos de trabalho com carteira assinada foram extintos, o que não acontecia desde 2009. No entanto, o resultado do acumulado do primeiro semestre, ainda foi positivo: o setor de micro e pequenas empresas abriu 116 mil vagas.
No Bom Retiro, um dos principais polos de moda de São Paulo, os lojistas fazem de tudo para atrair o cliente. Uma velha e boa receita que não falha é a de colocar o balcão na frente da loja, cheio de promoções. Resultado: de cada dez clientes que entram por causa das promoções, quatro também compram outros produtos com preços normais.
Mas nem sempre as promoções dão resultado. Para o empresário José Mendonça, dono de uma loja de celulares, a crise realmente derrubou as vendas. Ele tinha uma rede com nove lojas de celulares. Fechou três e demitiu 30 funcionários. Para vender, não teve jeito: baixou preço, mesmo com prejuízo. Mas a crise abriu os olhos do empresário, que agora negocia preço com fornecedor e consegue descontos. E faz divulgação, à moda antiga: com um locutor na porta da loja.
E assim como o José Mendonça, a crise está deixando os empresários mais fortes e competitivos. E muitos já começam a achar saídas. A empresária Perla Goldzac, dona de uma loja de bijuterias, também na cidade de São Paulo, colocou a crise para correr. Para atrair o consumidor, ela apostou no alto astral. Tudo dentro da loja, cada detalhe, foi pensado para passar ao cliente a sensação de otimismo. Com 40 anos de experiência no comércio, a empresária aprendeu com as crises passadas. Para manter todos os funcionários ela conseguiu reduzir custos. Toda semana a empresária traz novidades pra loja, e agora investe mais ainda em divulgação.
Fonte: PE & GN