Carreira profissional: o que considerar na hora de escolher?

29 de setembro de 2015

Ocarreira profissionals estudantes têm ingressado cada vez mais cedo no ensino superior, muitos são adolescentes entre 16 e 18 anos. Geralmente essa fase da vida é permeada de vários conflitos, sejam eles pessoais (de identidade) ou social/familiar (relacionamento com o outro). Dentre eles, é possível citar a escolha adequada da futura profissão. Por isso, esse jovens precisam ser acompanhados em suas decisões, recebendo apoio familiar e das escolas, mas sem pressão ou manipulação por parte dos auxiliadores.

Vários desses estudantes, após a aprovação no vestibular, frustam-se com a opção que fizeram e acabam “empurrando o curso com a barriga”, como se diz, ou abandonando a universidade para tentar outra graduação. Um tempo que poderia ter sido melhor aproveitado se a escolha tivesse sido feita com base no que realmente o discente se identifica e tem prazer em fazer.

Uma ferramenta que pode ajudar são os testes profissionais. “A gente tem que levar em consideração o que esse aluno mais gosta de estudar, o que ele se interessa, o que desperta uma curiosidade, como se fosse uma pesquisa. Eu tenho uma curiosidade por uma coisa, então: ´Em que eu vou precisar me envolver?´, ´Será que, enquanto pesquisador, se eu for para uma área que eu não gosto eu vou ter aquela motivação para dar continuidade a uma pesquisa?´. As coisas precisam fazer sentido”, ressalta sobre a orientação vocacional o psicólogo do Centro Universitário de Atenção à Saúde (Ceuas) e do Núcleo de Apoio ao Servidor (Nais), da Uesb, Wagner Lemos.

Descobrir o que que está mais próximo dos desejos do pré-vestibulando é um processo de autoconhecimento. Nesse sentido, os pais e cuidadores precisam estar atentos para ajudar os futuros universitários a decidir qual carreira seguir com segurança, evitando a relação de posse e da interferência prejudicial. “O que esse pai deseja, o que esse pai sonhou, possivelmente, o que esse pai queria tanto fazer e não foi possível, ele delega para esse outro, que então ele nomeia como dele. É aí que surge o conflito, é aí que pode surgir um adoecimento”, destaca Lemos. Para ele, o caminho é a boa conversa. “O que a Psicologia apresenta é justamente a capacidade nossa de podermos resolver, de podermos dialogar com qualquer conflito com civilidade. Eu credito que é necessário para a família, o que é necessário para os pais, para esse adolescente, é justamente dialogar”, salienta.

Outra dica que ajuda é pesquisar sobre a profissão pretendida, começando pelo conhecimento da grade curricular do curso, análise de como os profissionais atuam no mercado de trabalho (se possível conversar com alguns deles), sondando mais de perto o ambiente da profissão. Quanto à orientação psicológica, há serviços em Psicologia que são disponibilizados sem custos para quem não pode pagar uma consulta. Procure saber se na sua cidade tem esse atendimento. Em Vitória da Conquista, por exemplo, uma dessas instiuições que presta esse serviço é a Uesb, por meio do Ceuas, que atende pacientes encaminhados pelo SUS.

Fonte: Site Uesb