Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que 49% dos brasileiros comprarão presentes para este Dia das Mães, contra 50% que não têm essa intenção. Já 1% dos entrevistados não soube ou não respondeu.
Os dados são similares aos do levantamento do ano passado, quando 46% disseram que comprariam algo para as mães, 50% não comparariam nada e 4% não souberam responder.
“A pesquisa reforça o apelo que essa data comercial tem junto aos consumidores, que vão priorizar compras à vista – em outras palavras, itens de menor valor. Isso acontece em virtude das incertezas que pairam nesse momento sobre a economia e a política do Brasil”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp). “Não significa, porém, que os sonhos de consumo de presentes melhores tenham desaparecido. Tão logo essa insegurança diminua, o consumidor voltará a gastar mais”, complementa.
Encomendada ao Instituto Ipsos pela ACSP, a pesquisa foi feita a partir de 1.200 entrevistas domiciliares entre os dias 2 e 14 de abril.
Surpresa
Do universo de pessoas que pretendem comprar presentes para o Dia das Mães, 22% não sabem o que vão dar; é o mesmo percentual do ano passado.
O destaque fica por conta dos chamados presentinhos, ou seja, dos itens pessoais e de menor valor. Roupas, calçados, bolsas e acessórios são a preferência de 40% dos consumidores que vão presentear. Joias, bijuterias, perfumes e cosméticos, por sua vez, são opções para 22% deles. Já as tradicionais flores respondem por 8%. “Vê-se, claramente, que o bolso do brasileiro não comporta itens de maior valor nesse momento”, analisa Burti.
Embora as pesquisas de confiança indiquem baixa intenção do consumidor em comprar bens duráveis, a pesquisa da ACSP revela – surpreendentemente – um aumento em relação a 2015 na aquisição desses itens. Os produtos da linha branca (geladeira, fogão, micro-ondas e máquina de lavar) foram citados por 8% dos entrevistados contra apenas 4% da pesquisa do ano passado. Já o item “Outros eletrodomésticos” foi apontado por 4% dos consumidores neste ano ante 0% em 2015.
“Sabemos que, em decorrência da insegurança e do difícil acesso ao crédito, os bens duráveis não estão nos planos imediatos dos consumidores. O que a pesquisa indica, contudo, é que eles ainda têm o desejo de comprar esses itens para a mãe e para o lar. Ou seja, quando a situação econômica melhorar, essas compras devem se concretizar”, finaliza Burti.
Fonte: Varejista.com