Pesquisa mostra que brasileiros têm verdadeiro amor pelo cartão de crédito, mas ainda falta controle para evitar que ele não seja o vilão das finanças
Boa parte das dívidas dos brasileiros tem como causa o descontrole com o cartão de crédito. Apesar disso, 76% dos consumidores encaram a moeda de plástico como uma alidada e não uma vilã, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo a pesquisa, os principais motivos do amor dos brasileiros com o cartão é que ele permite a aquisição de bens de alto valor que são difíceis de serem pagos à vista – motivo citado por 40% dos entrevistados. A segurança é motivo para 22,2%.
Já entre os 20,6% de consumidores que veem o cartão de crédito como algo negativo, o descontrole é citado por 8,5% como o principal motivo dessa visão. O fato de o cartão incentivar gastos impulsivos e desnecessários foi citado por 6,5%.
O levantamento revela, porém, que 47% dos usuários de cartões de crédito não realizam um controle efetivo das compras que são feitas por esse meio de pagamento, seja por apenas conferirem a fatura – sem analisá-la de fato – ou porque fazem o controle somente de cabeça, sem qualquer rigor ou controle sistemático.
“O crédito é um eficiente instrumento de acesso ao consumo. Por meio dele, milhões de pessoas concretizam objetivos de curto e médio prazo que, de outra forma, dificilmente poderiam se tornar realidade rapidamente. O cartão de crédito é uma ferramenta muito útil no dia a dia, já que permite ao consumidor entender seu poder de compra, programar datas convenientes de pagamento e contar com maior margem de manobra na gestão do orçamento”, afirma o educador financeiro José Vignoli.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumidor precisa escolher um método de controle com o qual esteja à vontade e aplicá-lo com disciplina para obter resultados satisfatórios. “Ë fundamental acompanhar a fatura do cartão ao longo do mês e não apenas quando já estiver fechada, pois aí será tarde para avaliar se os gastos foram excessivos”, explicou a economista.
Fonte: portalnovarejo