Setor estima um incremento nas vendas. Câmbio e reajuste do papel puxaram a alta dos preços
As férias escolares estão terminando e os pais de alunos vão ter que enfrentar reajustes de até 200% nos preços dos produtos para repor o material escolar dos filhos para o segundo semestre.
Segundo a Abfiae (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório), as vendas de meio de ano representam entre 10% e 15% do crescimento do período de volta às aulas, entre novembro e janeiro, que é ponto alto do setor.
Em relação aos preços, os pais vão encontrar um cenário bem diferente daquele do começo do ano. “Em fevereiro, o papel, que é a matéria prima principal para os fabricantes de material escolar subiu 24%. O dólar também contribuiu para o aumento de outros tipos de materiais, pois é um setor que depende muito dos importados”, disse Ricardo Carrijo, diretor de Relações Institucionais da Abfiae.
Os itens mais comuns nas listas de material para reposição são: cadernos, borracha, caneta e lápis de cor. Nas papelarias, os pais de alunos vão encontrar preços bem mais salgados do que os praticados no início do ano.
Na última quinzena do ano passado, o Procon-SP fez um levantamento do preço do material escolar na cidade de São Paulo, com base nos dados colhidos pelo órgão estadual de defesa do consumidor, o R7 fez orçamentos nas papelarias e constatou o aumento nos preços agora em julho. O item com o maior aumento é a borracha bicolar que custava R$ 0,43 e agora é vendida por R$ 1,30, alta de 202,3% em apenas sete meses.
O caderno brochura de capa dura, com 96 folhas, passou de R$ 6,53 para R$ 16,90, um aumento de 159,2%. Já o caderno universitário de dez matérias (200 folhas) aumentou de R$ 20,17 para R$ 23,90 (reajuste de 18,4%).
A solução para amenizar os impactos do reajuste é pesquisar bem os preços e procurar as promoções. “As lojas estão queimando os estoques porque a partir de agosto já começa a preparação para o ‘volta às aulas 2017’. Nesta época do ano, o consumidor consegue encontrar preços bem vantajosos”, disse Carrijo.
Itens proibidos
A lista de compras para o reforço do material escolar não é tão extensa quanto a do início do ano, mesmo assim o cliente pode negociar um desconto com o lojista para pagamento à vista. Outra estratégia que rende uma economia significativa é combinar a compra coletiva com outras famílias da mesma escola. Se o pedido for grande, os país podem comprar em um atacadista ou negociar um desconto de até 15%.
Os pais também devem ficar atentos às solicitações feitas pelas escolas. São proibidas as exigência de itens de uso coletivo como material de limpeza ou higiene. São produtos que a escola deve fornecer e já estão incluídos no preço das mensalidades.
Fonte: R7