Veja o que fazer para não se endividar na compra de presentes, incluindo dicas para resistir às tentações!
Quando se atravessa uma crise econômica, com inflação alta e poder de compra reduzido, o lógico é não gastar com itens desnecessários, afinal, é preciso economizar para conseguir pagar as contas do dia a dia e também juntar uma reserva, pensando em imprevistos e no futuro. Mas… e quando chega o Natal? Passar pela data sem presentear ao menos os mais próximos ou as crianças da família parece tarefa impossível.
Segundo pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), dois em cada dez brasileiros (19,4%) ficaram com o nome sujo por causa das dívidas feitas com a compra de presentes e comemorações de Natal em 2015. Ou seja, mesmo sem dinheiro, as pessoas não deixam de gastar nesta época. Qual a solução então? Para José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz, “é normal querer agradar os amigos e familiares e participar das comemorações, mas não se pode desconsiderar a própria realidade financeira. Na hora de ir às compras, o ideal é planejar bem as despesas e saber exatamente o quanto a pessoa pode gastar com presentes e festas”. Veja abaixo dicas para não se endividar ao comprar presentes de Natal, incluindo truques para resistir às tentadoras promoções.
Faça uma lista
Liste todas as pessoas e crianças que receberão presentes. Lembre-se de ser cauteloso, não dá para comprar presentes para absolutamente todo mundo da família, do trabalho, do bairro… Seja bastante criterioso, incluindo apenas os mais próximos. Ao lado do nome de cada pessoa, coloque o valor máximo que pretende gastar com ela. Aí então já poderá definir os presentes e quem levará apenas uma lembrancinha.
Veja o quanto pode gastar
Verifique seu orçamento e sua conta bancária e calcule o quanto poderá gastar, esforçando-se para não ultrapassar este limite. Ao estipular o valor, tenha em mente pagar por tudo à vista. Isso facilita para trabalhar com um número que de fato corresponde ao que possui.
Pesquise preços
Considere lojas on-line e também físicas. Não entre em um lugar e compre tudo de uma vez para “se ver logo livre” das compras de Natal. Compare preços, verifique em diversos estabelecimentos e só então escolha um, considerando sempre o melhor custo benefício. E, caso decida comprar vários itens em uma única loja, pechinche para ver se consegue um desconto. Aproveite para verificar se há a possibilidade de trocar a peça.
Evite parcelar as compras
Segundo dados da pesquisa, 41,8% dos consumidores afirmam que só comprarão presentes neste Natal se puderem pagar à vista, evitando parcelar as compras. A estratégia é sábia. Afinal, lembre-se que em janeiro, todas as pequenas parcelas, feitas em lojas diferentes, resultarão em uma grande conta, que talvez não consiga pagar justamente em um momento em que os compromissos financeiros se acumulam. Assim, prefira fazer as compras de Natal à vista, o que também pode lhe garantir bons descontos, além de um maior controle financeiro.
Cuidado com as emoções
“É preciso evitar as aquisições feitas por impulso, que frequentemente levam ao desequilíbrio financeiro. O melhor presente é sempre aquele que cabe no bolso do consumidor”, alerta Vignoli. Ou seja, se não tem dinheiro para pagar, leve algo mais barato. Pense que não vale a pena ficar estressado e com dívidas quando há opções mais simples que igualmente alegrarão pessoas queridas. Cuidar das emoções diz respeito também a resistir às tentações, especialmente das famosas promoções de Natal. “Eu tenho duas pessoas na minha lista para as quais quero dar uma camiseta. Vi uma promoção que era: quatro camisetas por R$99. Achei um bom negócio, mas depois pensei: ‘eu não preciso de quatro, preciso de duas’. Duas me custaram R$60, ou seja, R$39 a menos do que o suposto bom negócio”, conta a dona de casa Mary Saggese, de São Paulo. Resumo? Quando o assunto é gastar dinheiro, procure ser mais racional e menos impulsivo.
Reflita sobre o que é um bom presente
É importante, nesta época de consumo, dar outro significado para o termo “coisa boa”. Instintivamente, quando pensamos em “coisa boa”, pensamos em algo caro, de loja famosa. Por que o bom é necessariamente o mais caro? “Um bom presente é aquele que mostra seu carinho e faz o outro feliz, se sentindo prestigiado. O quanto ele custa não deve ser o mais importante”, diz o educador financeiro. Assim, antes de sair comprando, pense na pessoa, no que ela gosta, no dia a dia dela. Isso ajudará a escolher um bom presente, que tenha a ver com ela e que mostra seu empenho em escolher algo bacana, sem que ele seja necessariamente caro.
Fonte: Meu Bolso Feliz