Numero de empresas inadimplentes cresce 5,01% em 2016 e reforça desaceleração da inadimplência 

30 de janeiro de 2017

68% do total de dívidas atrasadas pertencem ao setor de Serviços, que engloba bancos e financeiras. Região Nordeste foi a que teve o aumento mais expressivo de pessoas jurídicas negativadas

inadimplencia-indiceO número de empresas inadimplentes continua crescendo na comparação anual, mas teve a menor variação em um ano, desde o início da série histórica. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 5,01% em 2016 – em 2015 a variação anual havia sido de 11,9%. Também foi observado um aumento na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 3,37% a mais na comparação entre 2016 e 2015. Neste caso, a variação também foi abaixo do que em 2015 (13,62%).

Os dados levam em consideração todas cinco regiões brasileiras e, segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas inadimplentes no último mês foi o Nordeste, com avanço de 6,96% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Norte, que registrou avanço de 6,45%, o Centro-Oeste (4,49%), o Sudeste (4,44%) e a região Sul (3,19%).

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o cenário de negativação das empresas está desacelerando mesmo em um ambiente de crise econômica. “Isso porque o movimento da inadimplência sofre a influência de dois vetores principais que atuam em direção oposta: o primeiro é redução da capacidade de pagamento das empresas, que tende a elevar o número de contas pendentes; o segundo é a restrição do crédito, que, ao reduzir o estoque de dívidas, limita também o crescimento da inadimplência”, explica.

De acordo com o indicador, em dezembro o crescimento do número de dívidas de pessoas jurídicas pelo setor credor, ou seja, para quem as empresas estão devendo, teve o comércio aparecendo com a maior alta (11,34%), seguido pela indústria (8,40%) e o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (1,13%). Porém, em termos de participação no total das dívidas, o setor de serviços é o que mais se destaca, com um total de 68,53% das dívidas. O comércio aparece em seguida (17,62%) e a indústria em terceiro lugar (12,31%).

Fonte: CNDL