Micro e pequenos empreendedores do comércio eletrônico brasileiro tiveram um bom ano em 2016, aponta uma nova pesquisa realizada com 512 empresas do setor pelo Mercado Livre e IBOPE Conecta. De acordo com o levantamento, 77% dos entrevistados apontaram um crescimento de vendas no período, atingindo, em média, 41% de aumento nas vendas.
São vários os motivos apontados para a expansão de vendas no período, mas grande parte (77%) dos empreendedores atribuíram o sucesso à diversificação dos produtos vendidos em seus e-commerces. Para 38%, a oferta de frete grátis também colaborou nas vendas.
A concentração de vendas por região, no entanto, variou pouco em relação ao ano anterior. A região Sudeste segue sendo a maioria esmagadora do e-commerce brasileiro, respondendo por 72% das compras feitas em 2016. Ainda assim, o Centro-Oeste variou positivamente em sua participação, que atingiu 10% do total (contra 9% do ano anterior), assim como a região Norte, que responde por 2% das vendas (contra 1% de 2015). Nordeste e Sul ficaram na mesma e responderam, respectivamente, por 9% e 7% das compras do mercado eletrônico do país.
A evolução do setor de comércio eletrônico brasileiro como um todo tem sido vista com bons olhos por varejista, que apontam uma percepção maior de segurança no comércio oline (76%) e o aumento no número de usuários com acesso à Internet (69%) como fatores positivos para o mercado. Além disso, o crescimento no uso de smartphones e tablets é visto por 64% dos comerciantes eletrônicos como algo positivo que tem potencial de ajudar ainda mais o setor.
Otimismo para 2017
Para a grande maioria dos entrevistados, os resultados positivos observados em 2016 são esperado também para este ano, quando 94% dos empreendedores esperam ampliar negócios. A expectativa é de um crescimento do mercado de, em média, 25%.
Para suportar o crescimento, 48% dos entrevistados afirmam que planejam mais contratações para este ano – um aumento considerável em relação aos 37% que esperavam contratar em 2015.
Ainda assim, as equipes devem permanecer pequenas: 59% dos varejistas que responderam a pesquisa possuem até três funcionários; 9%, de quatro a cinco; 8%, mais de seis; e 25% deles trabalham sozinhos.
Mas nem todos empreendedores seguem otimistas, é claro. Para 18% dos respondentes, o e-commerce brasileiro não deverá crescer nos próximos doze meses, principalmente, segundo eles, por fatores ligados à “instabilidade” da economia brasileira, à “instabilidade política; e à “diminuição do poder de compra” do consumidor.
Fonte: Canaltech