Apesar da queda de 6,2% apresentada pelo varejo em 2016, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as expectativas do setor varejista para a retomada do crescimento são otimistas, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Um dos fatores positivos é queda de 0,97%, do dólar, que ontem fechou cotado a R$3,06, menor valor desde 18 de junho de 2015, e analistas já estimam que pode cair para R$ 3,00.
Para a entidade que representa mais de 450 mil estabelecimentos em todo país, a redução de cotação da moeda americana ajuda as empresas endividadas a reequilibrarem suas contas, já que diminui a parcela da dívida em moeda estrangeira. Outros fatores favoráveis ao mercado de ações são a continuidade do ingresso de recursos estrangeiros no país e o aumento da disposição dos investidores globais em investir em ativos de risco. “Isso leva uma maior demanda de investimentos, nos dando a convicção de que o Brasil vai voltar a crescer ainda em 2017”, destaca o presidente da entidade, Honório Pinheiro.
O resultado também reflete na expectativa de aumento de fluxo de recursos para o Brasil, a melhora do risco país e um ambiente externo favorável a ativos considerados mais arriscados. O rali do câmbio doméstico chama atenção pelo fato de o real vir de um ano já de forte valorização. A moeda brasileira se aprecia 6,09% neste ano, quarto melhor desempenho global no período, após ter valorizado mais de 21% em 2016.
Com informações do jornal Valor Econômico