Pessoas visionárias investem em linhas, não em pontos

9 de maio de 2012

Antes de partir para as dicas, vou te contar uma história.

Em 1972, o psicólogo Walter Mischel, da universidade de Stanford, fez um experimento sobre o impacto da visão de retorno no longo prazo sobre o sucesso das pessoas.

O experimento era bem simples. Ele colocou um marshmallow na frente de algumas crianças e se elas quisessem, elas poderiam comer o marshmallow. Porém, se elas esperassem um pouco, ao invés de um, elas ganhariam dois marshmallows.

Depois de alguns anos, Mischel descobriu que as crianças que preferiam o resultado no longo prazo tinham, no geral, mais sucesso do que as outras.

E o que isso tem a ver com o artigo?

Te falarei sobre isso depois dessa bela foto de um urso se alimentando:

Quanto tempo será que ele teve que esperar até o peixe “cair do céu”?

Recompensas no longo prazo normalmente valem mais do que as de curto prazo
Existe um motivo muito simples para resultados de longo prazo valerem mais do que os de curto prazo, eles são mais difíceis de serem obtidos. Consequentemente, são mais raros, o que os torna mais valiosos.

Na hora que a oportunidade aparece, quem plantou a semente mais cedo e se preparou para o momento tem uma chance muito maior de aproveitar o resultado de longo prazo quando ele chegar.

Já ouviu falar que sorte é uma combinação de oportunidade com preparação?

Saiba que o futuro é uma continuação do passado
Apesar de existirem algumas ideias realmente revolucionárias, boa parte das inovações é criada a partir de algo já existente e provavelmente já existia uma tendência apontando para aquela direção.

Dominando as regras do jogo de hoje, fica consideravelmente mais fácil criar as regras do jogo de amanhã.

Avalie tendências ao invés do estado atual
Na hora de avaliar uma oportunidade de mercado, ao invés de avaliar o estado atual (um ponto no gráfico), é muito melhor avaliar a tendência (uma linha) e então preparar uma estratégia para aproveitar esses resultados de longo prazo.

Como exemplo, podemos avaliar o mercado de iPhones no Brasil. Hoje, uma parcela muito pequena da população possui essa maravilha tecnológica. Porém, se avaliarmos o gráfico do crescimento das buscas sobre iPhone, fica claro que existe uma tendência de crescimento.

Apostar onde a bola estará amanhã pode trazer mais resultados do que onde a bola está hoje.

Por mais óbvia que seja a tendência, as pessoas têm medo de correr atrás dela
Um sentimento comum quando pensamos em avaliar oportunidades é “Se a tendência é tão clara, por que não tem mais ninguém atrás dela?”.

Porém, vale a pena lembrar que largar o marshmallow agora para correr atrás de 2 marshmallows depois é algo arriscado. O famoso “em time que está ganhando não se mexe” dificilmente te levará muito longe no mundo dos negócios.

Um exemplo muito claro que temos atualmente é o da Blockbuster, grande rede de locadoras de filmes. Mesmo com o crescimento da Netflix (sistema de entrega de filmes em casa), a Blockbuster ficou aproveitando seus resultados de curto prazo e deixou a Netflix vir com tudo.

Moral da história, hoje em dia a Netflix continua crescendo e indo para outras áreas, enquanto a Blockbuster está bem mal das pernas.

Conclusão: Invista em linhas, não em pontos
Por mais que hoje o ponto seja bonito, lembre-se que o mais importante é ver para onde a linha aponta e correr atrás disso. É lá que estão os verdadeiros marshmallows.

Como exemplo de mercado em crescimento, vemos o mercado de seguros, previdência privada e capitalização. Desde 1994, com o fim da hiperinflação, esse mercado tem crescido muito e de forma constante.

Para quem quiser se aprofundar nesse mercado, a Escola Superior Nacional de Seguros (Funenseg) está com inscrições abertas para o vestibular 2012. Eles têm um curso superior de administração com linha de formação em seguros e previdência, o único do Brasil.

Se quiser conhecer melhor essa possibilidade de carreira e saber mais informações sobre o vestibular, clique aqui.

Abraços,
Millor Machado (buscando sempre o maior número possível de marshmallows)

 

Por Luiz Piovesana