O Serviço Família Acolhedora da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social tem muito a comemorar neste final de ano com o cadastro de novas famílias que já estão aptas a receberem a guarda provisória da justiça de crianças e adolescentes que estejam precisando do acompanhamento familiar de terceiros.
Após se cadastrarem pelo site //familiaacolhedora.pmvc.ba.gov.br/ a família interessada recebe uma ligação da equipe técnica do serviço para iniciar a avaliação e caso esteja dentro do perfil, à família é capacitada por profissionais e passa a integrar o cadastro da justiça de guarda provisória.
A servidora pública Ednólia de Oliveira Ferreira (51) é mãe de três filhos e avó de dois netos. Ao ver no site da prefeitura a página do programa, pensou e se cadastrou. “Não demorou 24h e eu já recebi a ligação da assistente social do programa que agendou um horário para entrevista. Depois da minha avaliação recebi uma capacitação e entrei no cadastro. Demorou pouco e eu já estou com a guarda de uma menina de nove anos”, contou Edinólia.
O caso desta família acolhedora segundo a gerente do serviço, Marli do Santos Cruz, foi excepcional por conta do perfil de criança e adolescente que ela optou. “Ednólia colocou em seu cadastro que dava preferência por uma criança com deficiência física e a justiça estava com uma menina com este perfil aguardando uma guarda provisória”, lembrou Marli.
“Esta minha preferência é porque eu acho que as pessoas tem dificuldade em aceitar criança com deficiência por acharem que dá mais trabalho, mas elas estão enganadas, as crianças com limitações são bem mais fáceis de cuidar. Eu acho que a gente deve dar amor pra quem precisa mais”, ressaltou Ednólia enquanto alimentava a nova integrante de sua família, que chegou há apenas 13 dias em sua casa e já conquistou a todos.
A guarda é provisória, e isto deve ficar muito claro para família que acolhe, por isso o acompanhamento da equipe técnica composta por uma psicóloga e uma assistente social, é fundamental para o bom andamento da situação. “Nós acompanhamos a família que acolhe até que a justiça faça o encaminhamento definitivo para aquela criança ou adolescente, que neste caso pode ser o retorno para família origem, extensa ou para adoção. Além disso, acompanhamos a reintegração familiar”, explicou à psicóloga Monalisa Sirino.
Atualmente o Programa conta com cinco famílias cadastradas aptas a receberem uma guarda provisória, duas famílias que estão com guarda e o acompanhamento de duas reintegrações familiares que tiveram a guarda de seus filhos restabelecidas pela justiça.
Para fazer sua inscrição, basta entrar no site //familiaacolhedora.pmvc.ba.gov.br/ e se cadastrar. O fundamental é ter disposição afetiva e emocional para participar de uma ação que pode mudar a vida de uma criança e de sua família.