Estabelecimentos devem adotar algumas regras para dar uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Além de estar previsto em lei, o tratamento às pessoas com dificuldade de locomoção ou algum outro tipo de deficiência precisa garantir igualdade. É fundamental que as empresas conheçam as necessidades desse público e se preparem para atendê-lo de forma correta. Além de tudo, os donos de pequenos negócios precisam compreender ser inclusivo não é um modismo, mas um dever das empresas, exigido por clientes cada vez mais atentos e vigilantes.
Vale conhecer o conceito de acessibilidade que é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.
As deficiências mais comuns no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são: a auditiva, visual e física e o atendimento a cada uma dessas pessoas tem que ser diferenciado. Mas cabe ao cliente decidir se necessita da ajuda. Existem no país em torno de 50 milhões (ou 1/4 da população) portadoras de algum tipo de deficiência, principalmente em idade acima de 40 anos. E esse é, justamente, um grupo que necessita de cuidados especiais não só pela deficiência, mas também pela fragilidade.
As pessoas com deficiência devem ser consultadas sobre a melhor maneira de serem atendidas, assim o vendedor evita, possíveis constrangimentos com seus clientes. Mantenha a pessoa sempre confortável e em segurança, fique sempre por perto, mas respeite sua autonomia
O Sebrae reuniu cinco dicas para tornar o seu negócio mais inclusivo e para atender melhor às pessoas com deficiências. Vale também conhecer a cartilha Negócios Acessíveis.
1 – Cegos
Se o cego estiver acompanhando ou utilizando bengala, é um sinal de independência: fale de frente para ele, olhando nos olhos como se não houvesse a deficiência, pergunte se ele gostaria que você o guiasse e em caso positivo, coloque a mão dele em seu antebraço. Vá indicando obstáculos aéreos e no piso.
2 – Auxiliando cegos
Ao acompanhar um cliente cego, seja objetivo ao explicar direções, ofereça o braço ou ombro e sempre caminhe na frente da pessoa. Em casos de restaurantes, coloque o copo de um lado e a garrafa de outro. As refeições devem ser colocadas no prato em forma de relógio e não deixe a pessoa falando sozinha, mas comunique-se com o tom de voz normal. Além disso, os cães-guias têm a responsabilidade de guiar seu dono, então, nunca os distraia. Oriente todos os funcionários da empresa de que esses animais são autorizados a entrar em qualquer lugar, com exceção de UTI e centro de queimados.
3 – Surdos
O ideal seria que os estabelecimentos de atendimento ao público tivessem um intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que é nossa segunda língua oficial e a língua que os surdos usam para se comunicar. Na impossibilidade de ter um intérprete, a comunicação pode ser feita por sinalização com as mãos. É importante lembrar que nem toda a comunidade sem deficiência sabe se comunicar em LIBRAS, da mesma forma, nem toda a comunidade surda, sabe se comunicar em português escrito.
4 – Pessoa com deficiência física
Procure acompanhar o passo da pessoa e se achar que ela está com dificuldades, ofereça ajuda e pergunte como deve proceder. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas a ela. Sempre que for falar com uma pessoa cadeirante, procure ficar de frente e no mesmo nível do seu olhar. Lembre-se, quando estiver empurrando alguém sentado em uma cadeira de rodas e parar para conversar com outra pessoa vire a cadeira de frente para a conversa, de modo que o cadeirante também possa participar da conversação. Peça permissão para movimentar a cadeira de rodas.
5 – Segurança
Em casos de emergência, pessoas com deficiência requerem prioridade e os devidos cuidados. É importante que os funcionários de estabelecimentos comerciais saibam como agir de forma correta nessas ocasiões. Uma edificação acessível também é uma edificação segura. Ficar atento as normas de acessibilidade vai garantir que seu estabelecimento seja seguro para todos ou seja, pessoas com ou sem deficiência.
ASN