Sustentabilidade Econômica

16 de maio de 2012

Sustentabilidade Econômica

A teoria econômica e os indicadores econômicos não explicam como a economia está perturbando e destruindo os sistemas naturais da Terra. A teoria econômica não explica por que o gelo do Mar Ártico está derretendo. Não explica por que os prados estão se transformando em desertos no noroeste da China, por que os recifes de coral estão morrendo no Pacífico Sul ou por que os pesqueiros de bacalhau em Terra Nova entraram em colapso. Também não explica por que estamos vendo o início da maior extinção de plantas e animais desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos. Entretanto, a economia é essencial para se medir o custo destes excessos para a sociedade” (Lester Brown)

É certo que as decisões principais da empresa (produção, gestão, marketing, etc.) estão pautadas pelas variáveis econômicas e principalmente pelo objetivo de se obter lucro. Porém, como nos lembra Lester Brown, a lógica do sistema capitalista tem sido baseada nos conceitos do pensamento liberal (ou neoclássico), cujo modelo econômico é o fluxo circular econômico mecanicista, que consiste na troca da produção e insumos entre os agentes econômicos (famílias, governo e empresas) sem levar em consideração variáveis ambientais, como a geração de resíduos e o ecossistema.

Nos dias de hoje, o lucro continua a ter um papel fundamental (o pilar da sustentabilidade econômica de Elkington), já que sem ele as empresas não sobrevivem; embora hoje a análise econômica já leve em conta as variáveis ambientais, as pessoas atuam ainda de maneira inconsistente: consome-se de maneira cada vez maior e como se não houvesse amanhã. Produz-se como se os recursos naturais não fossem finitos ou como se a capacidade da terra de receber resíduos da produção fosse infinita. Governos não levam em conta que a poluição e outros problemas ambientais são cada vez mais globais.

O que se torna necessário então, é uma mudança de paradigma. É fundamental que seja colocado em prática um modelo econômico que concilie o crescimento econômico com as obrigações ambientais que temos com as futuras gerações, para deixar um planeta mais limpo e com um estoque de recursos naturais satisfatório. O caminho para este novo paradigma, o do desenvolvimento sustentável, passa necessariamente por ajustes no comportamento das empresas, consumidores e governos. No caso das empresas, é possível conciliar um modo de produção que alie a busca da produção lucrativa com o uso menos intensivo de energia e recursos naturais: esta conciliação é conhecida como Hipótese de Porter (Porter e van der Linde 1995). De acordo com esta hipótese, as regulamentações ambientais mais restritivas, que os governos têm imposto às empresas, às induz a investir na descoberta e no uso de tecnologias de produção ”mais limpas”, que utilizam menos recursos naturais e energia. Estas novas tecnologias resultam em empresas com produtos e processos de produção mais eficientes, que compensam os custos de se adaptar às novas regras ambientais, mantendo portanto, a lucratividade dos negócios.

Na RSI, nós queremos ajudar sua empresa a tornar seus produtos e processos de produção mais eficientes dentro desta nova realidade ambiental…

Fonte: http://renovesuasideias.com.br