O Banco do Brasil (BB) já renegociou dívidas em atraso de 6 mil pequenos empresários e microempreendedores individuais (MEIs) na primeira semana da Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas, promovida pelo Sebrae Nacional. Em valores, as renegociações são da ordem de R$ 150 milhões nas contas do BB.
Segundo o banco, a procura por renegociação em canais digitais do BB aumentou cerca de 200% durante a campanha, iniciada em 3 de junho.
O objetivo da mobilização é apoiar micro e pequenos negócios que tenham empréstimos com parcelas em atraso vinculados ao Fundo de Aval do Sebrae (Fampe), fundo garantidor com aval do Sebrae para operações de crédito de pequenos negócios. Podem ser também reavaliados outros empréstimos e financiamentos eventualmente em atraso Até o fim de junho, o BB vai renegociar as parcelas de negócios com faturamento bruto anual abaixo de R$ 4,8 milhões e dívidas vencidas há mais de 15 dias.
O saldo devedor pode ser renegociado em até 96 meses, com taxas a partir de TR + 1% ao mês. O banco também oferece rebate de até 92% para dívidas vencidas há mais de 60 dias.
Além do BB, participam da Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas a Caixa, o Banco Original, Serasa, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e outras instituições de fomento.
Nome “sujo” Mais de 65 milhões de brasileiros estão com o nome “sujo”, o que corresponde a 40% da população, segundo o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil realizado pela Serasa.
Para essas pessoas, limpar o nome é muito mais que uma questão de honra, já que garante empréstimos mais baratos e facilita a realização de negócios.
O nome sujo pode gerar restrições e redução do score em órgãos de proteção de crédito, deixando os financiamentos mais caros e dificultando o aluguel de um imóvel, por exemplo. No entanto, não é permitido que seja realizada qualquer prática discriminatória com quem tem o nome negativado.
A pessoa com o nome sujo não pode ser impedida de ser contratada por empresa privada ou de ser aprovada em concurso público, nem de tirar passaporte e visto. “A abertura de conta em banco pode ser mais custosa e o crédito escasso, mas hoje em dia também é possível”, comenta Fernando Xavier, diretor-executivo (CEO) da BuscaJuris.
É possível checar se o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) está com restrição e limpar o nome, de forma gratuita, por meio de sites e aplicativos dos órgãos de proteção ao crédito. Os principais são Serasa, Boa Vista SCPC e SPC Brasil.
Cada serviço cobre um número de empresas, o que significa que, mesmo que não conste em um cadastro, o nome pode estar negativado em outro.
A melhor oportunidade para limpar o nome são os eventos promovidos pelos órgãos de proteção ao crédito em parceria com algumas empresas. “Nessas ocasiões são oferecidos descontos atrativos para regularizar a situação”, explica Xavier. O empréstimo só vale a pena para quitar o débito quando o custo do financiamento é inferior aos juros da dívida.
Fonte: O Sul