Cada vez mais os filhos nos ensinam lições práticas principalmente quando assunto refere-se a presentes. Todos os anos meu filho Gabriel faz uma lista do que deseja ganhar de aniversário, páscoa, dia das crianças, natal… colocando-a no refrigerador e aí vai induzindo as pessoas ao que melhor lhe convém. Sua lista vem evoluindo, nas últimas já consta produto, preços, onde encontrar, site para pesquisa. Do natal para cá tive algumas experiências bacanas e vou relatar a mais recente principalmente porque acredito que serve para reflexões dos atendentes e vendedores do varejo infantil, varejo este que cresce assustadoramente a cada dia e requer como todo o segmento muito conhecimento, paciência e alegria. A criança hoje é uma consumidora.
Estamos às vésperas da páscoa e dentre os pedidos do Gabriel um em especial, jogos de um personagem (bola da vez) vindo dos desenhos animados da TV, o tal BAKUGANque já virou febre! Após receber a lista com nome de lojas, sites, os preços e não convicto que eu já sabia o que era exatamente, ele procurou me ensinar a jogarBAKUGAN, assim me tirou as dúvidas sobre o conhecimento do produto desejado. Ele já tem várias bolinhas do jogo, mochila, penal, cadernos e tudo mais.
E agora chega ao mercado a versão dois (tive mais algumas aulas). E após muitas pesquisas e indicado por um colega de escola, encontramos no centro da cidade de Tubarão/SC o que ele queria. Ao ver que a vendedora não tinha todas as informações que eu principalmente desejava, o Gabriel deu uma aula de apresentação do produto, preços e onde estava a concorrência. Foi tão convincente que a vendedora solicitou mais informações pois a procura era grande e ela sentia-se sem conhecimentos suficientes para informar aos pais, tios e avós que são levados pelas crianças a adquirir o tal BAKUGAN.
Aprendi muita coisa com uma criança que vai fazer nove anos e reforçou o que recentes pesquisas que alertam para o crescimento do número de crianças que determinam o consumo na família. As mulheres ainda estão disparadas em torno de 70%, mas os filhos cresceram para 20% e os homens somente 10% apontando a tendência de aumento do percentual das crianças na decisão. Por isso, se você tem loja que vende artigos para crianças observe se seu atendimento é o ideal e leva em consideração a vontade e conhecimento delas.
Fonte: http://www.ogerente.com.br
Imagem: alana.org.br