A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avaliou como muito positiva mais uma redução da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e estima que esse seja apenas o primeiro passo no sentido de consolidar uma política fiscal que impulsione a retomada de um crescimento econômico mais vigoroso e de longo prazo.
“Em uma economia globalizada, os efeitos externos provocam ondas fortes muitas vezes indesejadas, conforme constatou o próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ao divulgar um crescimento de apenas 2,7% do nosso PIB (Produto Interno Bruto) em 2011. É preciso pulso forte para evitar um número igualmente pífio em 2012”, disse o dirigente lojista.
O presidente da CNDL também comentou a declaração dada esta semana pela presidente Dilma Rousseff, para quem a injeção de meio trilhão de euros do Banco Central Europeu (BCE) é um “tsunami monetário” que poderá provocar estragos em economias em desenvolvimento, como a do Brasil. O lojista classifica como correta a leitura da presidente Dilma, mas avalia que a zona do euro é soberana nas decisões que toma em prol de sua economia.
“O Brasil não tem muito o que fazer em relação à desvalorização artificial que a Europa promove sobre o euro. É papel deles fazer o que é melhor para sua população. Cabe a nós, no entanto, tentar reduzir a atratividade do capital especulativo que possa vir tentar lucrar com nossas ainda altas taxas de juros. É esse dinheiro, o de curto prazo, que rapidamente vai embora do País que preocupa, não o investimento produtivo. Esse está em falta”, disse.
Dessa forma, avalia Pellizzaro Junior, é sensato que o Brasil procure aumentar a competitividade de sua economia, com reforço na construção de infraestrutura básica, o que irá por si só aumentar a atratividade do capital externo para o investimento produtivo, que gera empregos e reduz o descompasso entre oferta e demanda, dando fôlego também para o combate à inflação.
Fonte: CNDL
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