Curiosidade, a vitamina da criatividade

16 de outubro de 2012

Antes de gênios, da Vinci, Edison e Einstein foram curiosos de mão cheia

A curiosidade pode até matar o gato, como diz o ditado. Mas, tratando-se de criatividade, ela é uma das principais vitaminas. A curiosidade alimenta o banco de referências do nosso cérebro, a “biblioteca” onde guardamos as ideias primordiais das quais partimos, sempre que confrontados com a necessidade de resolver problemas.
Antes de criativos, Leonardo da Vinci, Thomas Edison, Albert Einstein, só para citar os exemplos mais fáceis, foram curiosos de mão cheia. Em seus trabalhos, sempre buscaram estabelecer relações mais estreitas entre as diversas ciências conhecidas pelo homem. Os produtos destes criativos, além de promoverem mudanças significativas na vida de todos nós, acabaram por projetá-los ao panteão de gênios da humanidade.
Infelizmente o nosso sistema educacional ainda aborda as disciplinas do conhecimento de forma isolada. Ele não incentiva o aluno a percebê-las além das quatro paredes da sala de aula. Apesar de já existirem iniciativas do gênero, a busca de uma maior interdisciplinaridade ainda está longe do ideal criativo, que inicia no estímulo do espírito de curiosidade em nossos estudantes. Para fechar a conta, o preconceito acaba matando o gato de vez, se incumbindo de rotular quem percebe as relações entre as disciplinas como nerd, CDF, bicho estranho.
Ser o primeiro da classe não significa, necessariamente, ser um sucesso na vida. Mas enfrentar a vida com uma visão ampliada das diversas conexões existentes entre todos os saberes facilita e muito.
Estudos como o do psicólogo Howard Gardner, que classificou a inteligência humana em sete modelos distintos, buscam, além da compreensão das aptidões de cada um deles, promover relações que potencializem a capacidade humana não só no aprendizado, mas principalmente na aplicação útil, lúcida e produtiva daquilo que se aprende. Gardner dividiu as inteligências em Verbal, Corporal, Matemática, Intrapessoal, Musical, Espacial e Interpessoal. De todas, a que mais trabalha o senso de oportunidade é a interpessoal, pois ela carrega em si o espírito curioso e a promoção contínua de novas relações entre as demais formas de inteligência.
Portanto, a inteligência interpessoal e a curiosidade, ao invés de matarem o gato, o alimentam, ou melhor, o tornam um profissional cobiçado por todas as empresas.

Por:  Eduardo Zugaib*
Disponível em: http://www.clientesa.com.br
Imagem:  http://leandrosalles.wordpress.com/

*Eduardo Zugaib é escritor, profissional de comunicação e marketing, professor de pós-graduação, palestrante motivacional e comportamental.