Por Immunize
Ginecologista José Bento falou sobre o vírus no Bem Estar desta terça (21).
Oncologista Glauco Baiocchi Neto também deu dicas de prevenção.
O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) é a doença sexualmente mais comum que existe. Atinge tanto homens quanto mulheres, e pode causar verrugas ou feridas genitais.
Nas mulheres, porém, o vírus gera uma preocupação a mais. Em 90% dos casos de câncer do colo de útero, o HPV é o responsável. Para prevenir essa doença, o segundo tipo de tumor mais comum entre mulheres, é preciso fazer o exame papanicolau com a frequência recomendada (veja no quadro abaixo).
No Bem Estar desta terça-feira (21), o ginecologista José Bento e o oncologista Glauco Baiocchi Neto explicaram a melhor maneira de se proteger desse vírus e a importância de fazer o diagnóstico rapidamente.
Existem dois tipos de vacina contra o HPV, mas nenhum deles protege contra todas as variações. Por isso, o exame preventivo também deve ser feito mesmo em mulheres vacinadas.
As três doses necessárias ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde. Nas clínicas particulares, custam em média R$ 1.000, e a aplicação é recomendada principalmente em meninas e adolescentes. Antes do início da vida sexual, a eficácia é de quase 100%.
Apesar de o vírus ser mais perigoso para as mulheres, a imunização de homens também é importante. Afinal, além do risco de ter verrugas genitais, eles podem transmitir o vírus, o que pode não ocorrer se estiverem vacinados.
A transmissão do HPV acontece por contato direto com a pele infectada. Os tipos genitais são passados na relação sexual. Também há estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
Compartilhar toalhas ou roupas íntimas também pode transmitir o vírus. O micro-organismo é capaz de sobreviver até uma semana em peças de roupa, por exemplo. Contudo, se essa peça for lavada com água e sabão, ele desaparece. No caso de copos, não há nenhuma evidência científica de que o compartilhamento transmita o HPV.